Capítulo 23

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Cap 23 


No dia seguinte


Por Colin 

Passei a manhã toda no escritório e depois do almoço consegui tirar o resto do dia de folga para visitar minha namorada. Mesmo depois de falar com ela ontem a noite eu ainda estou preocupado. 

Decidi aparecer de surpresa para saber exatamente como está o clima na casa e para ter certeza que a Maya está mesmo bem como afirmou milhares de vezes ontem. 

Durante a noite nós conversamos pelo celular e ela me contou detalhes sobre a briga. Fiquei surpreso ao saber que ela jogou suco no pai e que até mesmo a Catharina reagiu às ofensas do marido e defendeu a filha. 

Assim que cheguei a mansão fui recebido pelo mordomo. Ele me ofereceu uma bebida, eu neguei e ele se retirou para avisar a senhorita Campbell sobre a minha visita. 

Admiro a decoração clássica da ampla sala e percebo poucos porta retratos pelo ambiente. Tem fotos do Tobias,da Alana,da Isobel e da Catharina,mas não tem nenhuma da Maya. 

Volto a me perguntar o porquê do Tobias não gostar da filha,è tão fácil se encantar por ela e se deixar levar pelas suas filosofias e seus lindos olhos azuis. Mesmo depois de toda a explicação do meu pai,depois de ouvir toda a história da família Campbell,eu não consigo suportar saber que ele rejeitou a Maya,que fez mal a ela e quis manter longe a mulher que eu quero manter no meu abraço pelo resto dos meus dias. 

Catharina : Colin,que surpresa - ela me cumprimenta. 

Colin : senhora Campbell - falo com elegância e não deixo de reparar que ela tem muito em comum com a filha. A Maya tem uma beleza excepcional e fora da média,mas os traços são muito parecidos com os da mãe,assim como o sorriso e o formato dos olhos - espero não estar atrapalhando - complemento de forma educada. 

Catharina : de forma alguma. Sei que a Maya vai ficar feliz em vê-lo - ela garante. 

Colin : também quero vê-la,sei que ela teve um dia difícil ontem - declaro - mas antes eu quero conversar um pouco com a senhora 

Catharina : sente-se,por favor - ela pede e aponta para o amplo sofá branco. 

Nos sentamos lado a lado e volto a reparar nela,mais especificamente na sua postura,é a mesma da filha. Ambas se sentam com as costas eretas,com as pernas delicadamente entrelaçadas e parecem estar sempre alertas. 

Catharina : acredito que o senhor queira falar sobre o estado que minha filha ficou ontem - ela comenta,vai direto ao ponto. 

Colin : eu fiquei preocupado com a Maya e sei que a senhora sente o mesmo em relação ao bem estar dela,acredito que sinta até mais do que eu - confirmo sua observação. 

Catharina : a Maya è corajosa,è forte e nunca abaixa a cabeça,ela encara qualquer um para defender o que acredita - ela declara com um tom maternal - tenho muito orgulho da mulher que se ela se tornou,da determinação que tem para ir atrás do que deseja e de todo o talento que ela tem,mas ela tem dificuldade em lidar com o que sente,principalmente em relação ao pai,os dois nunca se deram bem 

Colin : meu pai me contou sobre a história da família,sobre os bebês que a falecida esposa do Tobias perdeu,o nascimento da Alana e o da Maya. Por que a Maya não sabe que você e a Alana já se deram bem? - pergunto com curiosidade. 

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