Capítulo 26

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Cap 26 


Por Maya 

Me acalmei e subi de volta para o meu quarto, não quero correr o risco de encontrar com o mau pai e tenho um pouco de medo do Colin não ter me procurado para ir atrás da minha irmã. Tenho certeza que se isso aconteceu meu pai não vai perder a chance de jogar na minha cara. 

Abri minha pasta portfólio,peguei meu estojo e me sentei na escrivaninha para desenhar. 

Esse sempre foi meu hobby favorito e ajuda a me distrair,a não ficar pensando em besteira. 

Faço os traços no papel e observo o grafite em contraste com a cor branca,fica lindo e não demora a formar um vestido novo,um lindo tomara que caia com decote coração, com um fundo bege coberto por uma renda verde bem clarinha,mangas acopladas e ombros de fora. 

Fico bem satisfeita com o resultado,estava precisando criar um modelo único para sentir que ainda sou útil,que ainda tenho talento e que minha vida não è só uma grande confusão criada pelo meu pai.  

Sorrio ao observar meu trabalho e viro a página para ver outro modelo. Esse è um pouco mais ousado,tem um pequeno decote em "V",alças médias e uma fenda enorme,o modelo è todo feito em um tecido preto brocado. 

Dou uma olhada no desenho que fiz ontem e sinto meu peito inflar de orgulho ao ver um vestido bem modelado,tipo sereia,coberto por uma renda bicolor bem delicada. 

Esses vestidos são o meu refúgio,è para eles que vou correr quando a bomba explodir e meu relacionamento terminar. Meu ateliê vai ser minha casa,minha mãe,minha tia e o Victor vão ser a minha única família e eu vou estar bem com isso. 

Decidi que não vou ficar chorando e me lamuriando por conta das atitudes do Colin. Se ele escolher a Alana o problema vai ser dele,è ele quem vai ter que passar o resto dos dias acompanhado por uma cobra venenosa e è ele quem vai sair perdendo,não eu. 

Eu sou linda,sou inteligente,independente, forte e talentosa. Não preciso do sobrenome do Colin e nem de todos os seus admiradores ridículos. Tenho minha própria vida e não vou morrer se tiver a droga do coração partido. 

Claro,vou sentir muita falta do seu carinho, das suas palavras doces,dos seus beijos e abraços que me fazem esquecer do mundo. Não sou ingênua a ponto de pensar que não vou sofrer,sei que vou,mas não vai durar para sempre. Talvez eu encontre outra pessoa e viva um amor intenso,um relacionamento de verdade,sem alianças e pais malucos. Talvez eu consiga ser feliz. 

Suspiro cansada e decido tomar um banho de banheira para relaxar. Preciso tirar esses pensamentos da cabeça ou vou acabar indo a loucura. 

Me levanto para ir ao banheiro mas meu trajeto è interrompido pelas batidas elegantes do Victor na porta - não sei como uma batida pode ser elegante mas a do mordomo è,ela não è alta e nem baixa demais,não incomoda como a maioria e soa como uma música. 

Maya : pode entrar,Victor - falo alto suficiente para que ele ouça através da madeira grossa da porta. 

Poucos instantes depois o mordomo entra com um lindo buquê de rosas brancas em uma mão e uma caixa azul marinho que parece ser de jóias na outra. Ele abre um sorriso paternal e anuncia que os presentes chegaram à pouco pra mim. 

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