Capítulo 31

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Cap 31 


Por Colin 

A conversa com a Maya não foi nem de longe como eu esperava. Pensei que ela poderia estar irritada demais para conversar ou triste demais para me ouvir,mas não imaginei que ela poderia ser fria a ponto de acabar com o nosso relacionamento sem realmente acabar, desabafar sobre todo o mal que fez a própria irmã e depois ainda chorar nos meus braços. 

Fiquei confuso quando ela não aceitou reatar comigo,estávamos indo bem,nos acertando e fui pego de surpresa com sua proposta de amizade. Acho que ainda não me acostumei com esse jeito espontâneo e independente da Maya,mesmo depois de dois meses eu ainda espero ela correr para os meus braços,me dar um beijo de tirar o fôlego,se declarar e dizer que aceita se casar comigo. 

Hoje ela disse que me ama. Foi sem perceber e na hora do desabafo,enquanto estava me contando sobre como infernizou a Alana,mas mesmo assim ela falou e só de ouvir essas três palavrinhas eu já me senti o homem mais sortudo e burro do mundo. Sortudo por ter a chance de ser amado pela mulher mais linda, atraente e perfeita do mundo,e burro por ter feito essa mesma mulher sofrer. 

Ontem eu passei o dia todo decidindo o que fazer,pensando nas diferentes formas de me desculpar com as irmãs Campbell. Foi nesse momento que percebi que se a Maya me pedisse para nunca mais falar com a Alana ia estar tudo bem,não ia fazer falta,mas se fosse o contrário,se a Alana me pedisse para me afastar da sua irmã,eu não conseguiria nem se quisesse.

As duas são mulheres excepcionais,tem seus defeitos,suas qualidades e sei que um dia irão ter um casamento feliz,um marido apaixonado e jogado aos seus pés. Foi assim que tomei minha decisão,assumindo que sou um homem apaixonado e que estou a mercê da mulher mais encantadora que já pisou no planeta. 

Hoje de manhã comecei minhas tentativas de reconciliação mandando as flores preferidas dela e um cartão a convidando para almoçar e conversar sobre tudo o que aconteceu. Fui ignorado,fiquei quase duas horas esperando no restaurante e decidi ir até o apartamento que ela usa de refúgio. 

Quando cheguei ao local fui recepcionado pela Catharina. Ela não estava nem um pouco feliz mas não foi agressiva ou grosseira,muito pelo contrário,foi até gentil considerando o que fiz com sua filha. 

Não encontrei a Maya no apartamento então decidi procurá-la no lago. Quando me levou ao local ela disse que ia lá para relaxar e pensar na vida,esse seria um momento apropriado. 

Fiquei alguns minutos observando a minha querida senhorita Campbell sem ter coragem de me aproximar mais. Não tinha ideia do que falar,de como começar a me desculpar,então só me sentei ao seu lado e falei a primeira coisa que me veio na cabeça. 

Sei que não foi uma reconciliação de verdade, que ainda temos um caminho bem longo pela frente antes de chegarmos novamente ao ponto em que estávamos,mas levando em conta todo o contexto da situação,acho que foi uma conversa produtiva e acredito que o nosso relacionamento ainda pode ser salvo. 

Depois de toda a conversa,o choro e a aflição que confesso ter sentido,nós conseguimos nos sentar lado a lado e observar o dia virar noite,assistimos ao show dos vagalumes sem trocar uma única palavra e depois seguimos cada um para o seu caminho. 

Fiquei um pouco frustrado por não ter levado a Maya para casa e por ela ter se recusado a jantar comigo essa noite,mas entendo que foi um dia difícil,que está cansada e ainda está magoada. Também tem o fato dela não querer deixar o carro no meio de uma trilha e não ter se planejado para esse encontro. No final conclui que foi melhor assim,pelo menos vou ter mais tempo para dar a ela uma noite inesquecível. 

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