Fui jogada contra a parede atrás da lata de lixo, e então pude ver o rosto do cara que me puxou. E ele só fez isso para passar uma fita na minha boca que me impedia de gritar.
— Caleb vai adorar te ver! — Eu não sabia seu nome, mas sabia que já tinha visto seu rosto em algum lugar. O mesmo me arrastou até um galpão não muito longe dali, e cada vez que me debatia, o filho da puta apertava meu braço com ainda mais força. Ele nem de perto me dava medo, já quem me esperava, confesso que sim.
Caleb trabalha para um agiota e traficante dos subúrbios de East Hasting, só soube disso após ter me envolvido com ele ainda na faculdade, no desespero uma certa vez, peguei dinheiro emprestado, logo depois eu sumi, portanto não sabia o que estava me aguardando.
— Se vira, você tem dois dias, combinado é combinado! — reconheci sua voz assim que me aproximei de uma porta de ferro. O lugar era nojento, escuro e fedia a drogas. O que me segurava deu dois toques na porta antes de abri-la um pouco, olhei ao redor constatando que não havia como... nem para onde correr.
— Aí Caleb, advinha quem encontrei andando por aí? — fechei os olhos ao ouvir a porta enferrujada se abrir por completo. Seu silêncio significava que ele estava me encarando. Curiosa, mesmo que o momento não fosse dos melhores, busquei seu olhar e quando o encontrei, um calafrio percorreu minha espinha.
Ele só estava esperando por isso para vir até mim, em passos confiantes e lentos. Sua postura continuava intimidadora, seus olhos na baixa luz ficavam quase negros, embora fossem de um verde, por vezes até amarelado, dependendo da claridade. Caleb parou bem na minha frente, e tive que fechar os olhos novamente aguardando pela dor que viria quando aquela fita fosse puxada, e ele fez isso de uma vez só. Mantive-me firme, nem mesmo gemi, mas foi inevitável segurar as lágrimas, acionadas pela ardência.
— Caleb vamos conversar! — despejei, com os lábios queimando.
— Conversar? — perguntou o outro ainda atrás de mim com tom irônico. Caleb apenas me encarava friamente. —Conversar o caralho, você queimou o cara. Você deve até sua vida depois do B.O que arrumou!
— Eu não tenho dinheiro! — respondi seca, mas sentia um bolo se formar na minha garganta.
— Solta ela C.J! — ordenou Caleb. Segundos depois o agarre nos meus braços aliviou, mas ainda doía, rodei meu punho no ar para aliviar o formigamento.
— Mas sua amiga tem. E você vai dar um jeito de pagar. Se vira, ou acabo com esse seu rostinho lindo, sua vadia! — disse C.J, Caleb o encarou com sangue nos olhos.
— Não posso pedir pra ela, nem nos falamos mais, por favor, me dê alguns dias e eu arrumo o dinheiro. — olhei no fundo dos seus olhos enganosamente negro, e senti o medo se esvaindo, Caleb não é um monstro.
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E Se Ele Não Cair? - Disponível Na Amazon
Roman d'amourE se o que era para ter sido um clichê, não tivesse tido um fim? E se o mocinho, não fosse tão mocinho assim? Molly queria voltar para casa, mas já não sabia o que era um lar. Sentia que ainda tinha sonhos, mas não sabia por onde começar. Ela não l...