Caos

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Se fui moldado pelo caos, por ele irei moldar.

Trarei guerras para que a paz possa reinar.

Não deixarei tijolo nem cimento.

Um pandemônio será resultado do desalento.

Para seu rei, eu digo: fique atento!

Para o presente libero o caos que reina por dentro.

Nada no mundo foi instaurado sem antes destruir.

Sobre as cidades deixarei tudo empoeirado.

Nenhum rei ficará contra a liberdade, nenhuma lei barrará a equidade

Nenhum corrupto terá impunidade.

Se moldado pela guerra eu fui, pela guerra irão renascer.

Estou preparado para a morte para que meu semelhante possa viver.

Arrancarei uma a uma as cabeças da realeza

E colocarei fogo nelas na frente da elite burguesa.

Sua desigualdade me criou,

Seu ódio me moldou,

Mas sua lei de nada adiantou.

Contemplem o monstro que eu sou!

O preto envolve meu corpo e no peito o vermelho passa a ideia para frente.

Eu sou inevitável e mil vezes mais eficiente.

Minha bandeira é negra, pois não quero ouro nem mata,

Apenas quero tudo de volta.

Quero meu estado de origem,

O bom selvagem sempre serei.

Não importa o que dizem.

Eu não sou lobo de ninguém,

Mas uma alcateia não quer o meu bem.

Sou o gato preto que te faz rezar,

Entretanto nunca te dei azar.

No alto da montanha, junto à flor,

Deixarei em uma estaca a cabeça do opressor.

Sua polícia fascista não me atinge,

Sua arma não me aflige.

Seu capitalismo selvagem nada pode com o assassino de esfinge.

Sua moral corrompida e vendida tentou me enganar.

Mas assim como seu Deus, eu não vou aceitar.

Prendam-me, deixe-me a acorrentado e tente colocar um fim na minha voz.

Mas estejam alerta, pois de mim, nasceram mais mil.

Eu sou seu algoz!

Poesias de um RevoltadoOnde histórias criam vida. Descubra agora