Eutanásia

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Dialética suicida

Parte quer se matar

Parte, ser homicida.

A dor é o que querem parar.


Sinto que já morri,

Mas o ceifeiro se recusa.

Devido ao que prometi

Quando assumi a causa.


Suas correntes não me seguram,

Sua moral não me atinge,

Seus muros não me param,

Eu que arranquei o nariz da esfinge!


Sou alheio à fé

A mim ela não pode tocar

Abandono o conforto da mentira

Pronto para me libertar.


Nesse mundo sádico

Amor é loucura,

Torturar é periódico,

Ser louco é ter ternura.


Estou doente

Um verdadeiro descrente

Para seus doutores,

Caso em perdição

Para seus pastores,

Rumo a autodestruição.


Parte de mim quer viver

Na anarquia combater,

Mas parte quer matar

E os olhos fechar.

Ao mundo quer se render

Para poder sobreviver...


Se meu amor é doença

Se eu sou ruim por causa da descrença,

Se meu carinho é errado,

Se não quero ser idolatrado

Num mundo que

Liberdade é quase afasia

Aceito a eutanásia!

Poesias de um RevoltadoOnde histórias criam vida. Descubra agora