✧ Dias

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Um alarme desconhecido.

Esse pensamento passou pela minha cabeça ainda adormecida. Um despertador? Mas eu ainda estou com sono. De qualquer forma, vou dormir um pouco mais. Com os olhos ainda fechados, senti o smartphone que
deveria estar ao lado do futon.

Hã?

Estendi minha mão ainda mais longe. Este alarme está realmente ficando
chato... onde diabos eu coloquei?

— Ow!

Com um baque, minhas costas bateram com toda força no chão.

Aparentemente, caí da minha cama... eh? Espere um segundo... cama?
Finalmente abri meus olhos e levantei a metade superior do corpo.

Hã?

Um quarto totalmente desconhecido.

Estou em um quarto totalmente desconhecido.

Será que eu passei a noite em algum lugar?

— ...Onde estou? — Assim que essas palavras saíram da minha boca, notei
que minha garganta parecia estranhamente pesada. Instintivamente, coloco minha mão contra ela.

proeminente. — Hmm? — Minha voz soou estranhamente profunda. Deixei
meu olhar descer para o meu corpo.

… sumiu.

Uma camiseta desconhecida se esticava até o meu estômago.

Sumiu.

Meus abdômen perfeito... sumiu.

E bem no meio das minhas pernas, havia algo, emitindo uma presença tão grande que ofuscou a ausência do meu abdômen.

O que...?

Lentamente, movi minha mão para perto. Sentia como se a pele e o sangue de todo o meu corpo estivessem sendo sugados para esse ponto.

…Isto…. poderia ser…
.......
.....
....

Minha mão fez contato.

Eu quase perdi a consciência.

✧ ✧ ✧

Quem é esse cara?

Em pé, na frente do espelho em um banheiro estranho, eu olhava fixamente para o reflexo de um rosto desconhecido. O cabelo um um pouco gande indo até o braço. As sobrancelhas davam uma impressão de teimosia, mas os olhos abaixo delas, que eram um pouco grandes, pareciam os de uma pessoa amável. Mais para baixo estavam os lábios ásperos que pareciam estar completamente isolados do conceito de hidratação, um nariz com uma pequena pintinha e por trás de tudo isso
estava um pescoço duro.

Por alguma razão, em uma das bochechas estava preso um grande curativo e, ao tocá-lo suavemente, uma dor maçante percorreu todo o meu rosto. Doeu, e mesmo assim não acordei. Minha garganta estava severamente seca. Abri a torneira e bebi a água juntando as mãos. Estava desconfortavelmente quente e cheirado a água de piscina.

— Tae, você está acordado?

Ao ouvir de repente a voz de um homem, soltei um grito. Taehyung?

— ...Hoje era sua vez de cozinhar, não era? Que diabos está fazendo? — Enquanto olho timidamente para o que parece a sala de estar, um homem de meia-idade vestindo um terno olha para mim brevemente voltar o olhar
para a sua refeição e me lançar aquela pergunta.

— D-desculpa! — Falei por reflexo.

— Eu vou sair. Tem kimchi, então sirva-se.

— Ah, ok.

— Mesmo que esteja atrasado, certifique-se de ir para a escola — disse o
homem quando rapidamente reuniu seus pratos, os colocou no balcão da
cozinha, passou por mim congelado na entrada, calçou seus sapatos, abriu a
porta, saiu e então fechou a porta. Tudo aconteceu em um flash, mais rápido
do que um milhafre poderia cantar.

— ... Que sonho estranho — eu disse em voz alta, em seguida, olhei ao
redor da sala mais uma vez.

Por toda a parede, imagens de desenhos de pontes ou edifícios ou várias outras estruturas estavam penduradas.
No chão, revistas, sacos de papel e caixas de papelão estavam espalhados. Contrastava com a família Jeon, que ostentava a limpeza (apesar de ser por causa da vovó), deu a impressão de ser um deserto sem lei. O quarto em si era bastante pequeno, então
imaginei que deveria ser um apartamento.

Não sei de onde veio toda a ideia para este sonho, mas parecia bastante
realista. Minha imaginação deve ser grande. Talvez eu pudesse ser um artista
ou algo assim no futuro?

Pirorin!

Como se respondendo a minhas reflexões, o toque eletrônico de uma
mensagem sendo recebida tocou pelo corredor. Em pânico, engoli em seco
e corri de volta para o quarto. Um smartphone tinha caído ao lado das
folhas, e na tela uma mensagem curta era exibida.

Você ainda está em casa? Corra! — Namjoon

Eh? O quê, o quê? Quem é Namjoon?!

Antes de mais nada, preciso ir para a escola. Olhei em volta e vi um uniforme masculino suspenso pela janela. Mas no momento em que o
peguei, percebi uma questão ainda mais urgente.

Ahh... por que tem que ser agora?

Eu preciso ir ao banheiro!

Soltei um suspiro pesado o suficiente para fazer todo o meu entrar em
colapso. Qual o problema com esse corpo?! De alguma forma terminei o serviço, mas meu corpo ainda estava tremendo de raiva.

Por que é que, quanto mais eu tentava mijar, quanto mais eu tentava ajustar o alvo, mais e mais difícil era não deixar nada cair fora do vaso?! Eu sou idiota?! Ou esse cara é estranho? Ahh, isso nunca tinha acontecido antes! Apesar de toda a reclamação, ainda sou uma cavalheiro do santuário!

Suportando a desgraça insuportável e segurando as lágrimas, ou melhor, não chorando completamente, mas derramando um pouco, troquei para o
uniforme escolar e abri a porta do apartamento. De qualquer forma, vamos
sair daqui, pensei, e levantei os olhos.

...E então.

Pela visão diante de mim,

Minha respiração foi roubada.

Engoli em seco.

Eu estava de pé no que parecia ser um corredor elevado de um prédio
residencial.
Sob os meus olhos estava a extensão verde de um parque. O céu perfeitamente imaculado era uniformemente pintado de um azul vívido.
E na fronteira onde o verde de baixo e o azul de cima se chocavam, edifícios de todos os tamanhos estavam alinhados, quase como fileiras de origami bem dobrado.

Em cada um desses prédios eram detalhadas janelas elaboradas, esculpidas como padrões costurados. Algumas janelas refletiam o azul do céu, algumas carregavam o verde profundo das árvores, e algumas brilhavam sob os raios do sol da manhã. O pequeno edifício vermelho visível à distância, o edifício arredondado prateado, de certa forma parecido com uma baleia, e o edifício brilhante, que parecia cortado de bloco de obsidiana pura, certamente eram todos famosos, guardados vagamente em algum lugar no fundo da minha memória. Também ao longe, carros parecendo
brinquedo formavam um fluxo ordenado, tecendo entre os edifícios.

A cena diante de mim era muito mais bonita do que tinha imaginado,
ou qualquer coisa que tinha visto na TV ou em filmes.

Ou talvez nunca tinha tentado visualizar seriamente, mas lá estava: o ambiente da maior
metrópole da Coreia.

Profundamente comovida, eu não podia fazer nada além de pronunciar uma única palavra.

— Seul.

Eu respirei fundo e cerrei os olhos contra o brilho, o mundo radiante em
minha frente, como se estivesse olhando diretamente para o sol.

Your Name - [ Kth & Jjk]Onde histórias criam vida. Descubra agora