Beca narrando
Saber que meus amigos se separaram pra mim foi um choque,eu não demonstrei por que,dava pra ver que o Cobra não tava muito bem com isso,ele tenta manter a postura,mas todos mundo sabe que ele ama ela!
Entrei no postinho e escutei o roncado da moto do Cobra saindo,já na recepção eu encontrei a Duda,ela tava olhando pro chão e dava pra ver que tava chorando,respirei fundo antes de chegar perto dela.
Cheguei do lado dela e abracei ela,ela se virou pra mim e deitou a cabeça no meu ombro.
Beca:Fica assim não Duda.- Passei a mão no cabelo dela.
Duda:Você já sabe?- Desencostou e me olhou.
Beca:Sim,o Cobra me contou.- Passei os dedos nas lágrimas dela.- Mas me fala Duda,por que terminou? Oque o Cobra não vai entender?
Duda:Não,eu não posso falar.- Começou a chorar desesperada de novo.
Beca:Olha Duda,se você não quer contar,não conta não vou insistir. Só que tu sabe que somos amigas,pode contar comigo pro que precisar.- Abracei ela.- Se quiser desabafar me fala que a gente conversa.- Beijei a testa dela e me soltei.
Duda:Amanhã você pode me ajudar a pegar minhas coisas na casa do Otávio?
Beca:Posso,só que pensa melhor Duda.- Falei me afastando.- Eu tenho que ir dar os medicamentos ao paciente do quarto 9,depois a gente se fala.- Ela concordou e eu saí,indo pro quarto 9.- Boa noite.- Entrei no quarto e vi que o paciente tava acordado.
Dei todos os medicamentos a ele e voltei para a recepção,Duda não tava lá,eu até estranhei,já que o trabalho dela era ficar na recepção.
Quando eu tava saindo da recepção eu vi ela entrando.
Ela tava com o rosto inchado e vermelho,provavelmente por conta do choro.
Nem falei nada com ela,só beijei a testa dela e sai.
Eu não vou ficar em cima,falando várias coisas no ouvido dela,até por que isso só vai fazer ela ficar mais confusa,então melhor nem falar nada.
Ela tomou a decisão dela,é ficar falando neurose não vai mudar,tenho certeza que ela tem um motivo pra isso,só não quer contar!
Dei medicamentos pra mais alguns pacientes e isso já era 01:30 da madrugada.
Meu turno ia até as 02:00 da madrugada.
Sempre eu chegava em casa morta de cansada,eu ia praticamente correndo sempre que saia daqui do postinho de madrugada.
Andar essas horas aqui no morro é perigoso,por mais que seja contra as regras,sempre tem alguns vacilão estrupando algumas meninas por aí.
Mas quando descobrem,vish o filho da puta tá literalmente fudido.
Já ouvir falar que eles enfiam o ferro quente dentro do cú do estrupador,aí depois leva pra tortura e no final joga no forno,isso quando não fazem pior!
Só que eu sempre acho pouco,acho e sempre vou achar. Não tem por que estrupar as mina,sendo que tem várias se vendendo por aí.
Sou super a favor dessa regra daqui do morro,super mesmo.
Chegou uma outra enfermeira e começou a conversar sobre os pacientes comigo.
Quando deu de 02:00 da madrugada eu me despedi da Duda e sai do postinho.
Fui descendo o morro quase que correndo,passei pelo beco da 17 correndo mesmo,parecendo que tava correndo da polícia.
Minha casa era na rua 15,e o beco da 20 dava nela.
Entrei no beco,era o que tinha mais claridade.
Passei andando rápido pelo beco e logo sai na rua da minha casa.
Respirei aliviada por estar quase em casa.
Parei na frente da minha casa e destranquei a porta.
Entrei e tranquei a porta novamente.
Troquei logo de roupa e me deitei na minha cama já pronta pra dormir.
Quando eu tava quase dormindo meu celular tocou,olhei era o Cobra me ligando.
Já me preocupei logo e atendi.
Ligação📱
Beca:Oi,Cobra?
Grego:Grego pô.
Beca:Aconteceu alguma coisa com o Cobra?- Perguntei sem entender e já muito preocupada.
Grego:Ele tá com falta de ar,acho que não tá conseguindo usar aquele bagulho lá.
Beca:A bombinha?
Grego:Isso.
Beca:Eu tô indo aí.
Grego:Jaé.
Ligação📱
Peguei uma blusa de frio que dava no meu joelho e depois de vestir eu saí de casa.
Fui rápido pra casa do Cobra,cheguei lá tinha duas motos na frente da casa dele.
A porta tava aberta então eu já entrei.
Ele tava sentado no sofá e o Grego tava tentado ajudar,só que na real? Ele não sabia muito como fazer.
Fui logo e peguei a bombinha da mão do Grego e comecei a usar no Cobra.
Depois de uns minutos ele foi recuperando o ar,isso por mais alguns segundos e logo parei de usar.
Beca:Tá melhor?-Perguntei sentando ao lado dele.
Cobra:Tô valeu pô,não sei oque seria de mim sem tu,na moral mermo.- Beijou meu rosto e fez toque com o Grego.
Beca:Tu me deu um susto.- Passei a mão na testa.- Agora eu vou pra casa.- Falei me levantando.
Grego:Te deixo lá pô.- Neguei.- Deixa de ser fresca Beca,é o minimo que eu posso fazer,tu salvou a vida do meu irmão.
Beca:Ele também é meu amigo,não fiz mais que minha obrigação. Mas aceito tua carona sim,até por que não é muito perto.- Dei um abraço no Cobra.- Se sentir mais alguma coisa me liga.- Avisei antes de sair.
Grego fez toque com o Cobra e fomos indo pra rua.
Ele subiu na moto e ligou a mesma,eu subi na garupa e segurei naquele bagulho que tem atrás.
Ele deu partida e foi rápido até minha casa.
Parou a moto em frente a porta e eu desci.
Beca:Obrigado Grego.- Sorri pra ele quê como sempre continuou de cara fechada.
Grego:É nós.- Balançou a cabeça.- Falô.- Nem deu tempo de eu responder e foi saindo rápido.
Entrei em casa,novamente e joguei a blusa de frio no sofá.
Fui pro quarto e peguei no sono.
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Oiii minha gente,tão de boa?
Pfvr votem e comentem...
Isso me motiva muito💜
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Dono do morro
Fanfictiemudanças na minha vida... Rebeca trabalha de enfermeira no postinho da comunidade,Complexo do Alemão.