Nosso Mundo

17

Largo meu celular rindo igual uma hiena. Palhaço. Duvido que ele tem a rola maior que meu dedo mindinho.

OK, talvez nem tanto. Ou sim também, não da pra duvidar de mais nada.

Ouço o barulho da porta abrindo, levanto a cabeça vendo que e era Lennon, junto as sombrancelhas.

—Eu falei que ia vir.—Ri de canto.

—Achei que tava brincando.—Se aproxima.

Me pega nos braços.

—Eu não...brinco...—Fala com dificuldade.

Acho que eu sou meio pesada.

Ele desiquibra e a gente cai, legal, te odeio Le. Começo a rir, quando que eu não rio? Ele se "contagia" e também começa a rir.

Era constrangedor.

Estávamos próximos, eu não sabia lidar, só rir de nós. É divertido rir junto de alguém, fazia muito tempo que eu não me sentia assim.

Paramos de rir e nos encaramos, daquele jeitão que ce ta ligado.

Colo nossos lábios e começo uma constante trocação de saliva. Empurro ele para se deitar no chão, seguro seus dois braços acima da cabeça.

Ta porra.

Vai ser aqui? Bora aqui mermo!

Tu que lute por que eu não vou descrever a minha foda, fica na sua imaginação bjs.

...

Me enrolo na toalha de banho saindo do banheiro. Vejo o vagabundo jogado na cama mexendo no celular, gostoso.

Para.

Eu sei que ele tem um belo pênis, aqueles que perfura teu útero, é um ótimo pênis.

Meu Deus, para.

Eu não sei o que é limites.

Tiro minha toalha e jogo na cama, coloco um baby doll. Me viro e vejo que ele já estava me olhando.

—Tarado.—Jogo minha toalha no chão e engatinho até ele.

—Você é gostosa, como quer que eu não olhe?—Rio fraco e lhe dou um selinho.

Me jogo ao seu lado.

—To morta.—Suspiro.

Ele se agarra na minha cintura enchendo meu rosto de beijinhos, tão bom, ain porran assim não dá.

—Eu gosto de ficar perto de você.—Fala todo boiolinha.

Rio fraco, ai cu fudeu.

—Também gosto.—Falo na sinceridade.

É diferente ficar perto dele e perto de qualquer outra pessoa, sei lá, é um sentimento estranho ainda não muito claro pra mim. Talvez nem ele sabe o que sente por mim na real.

Criei uma paranóia, legal.

Sinto suas mãos nos meus cabelos em forma de carícia, ele sabe que eu fico boiolinha assim.

Vou levar ele pra conhecer minha família no interior, ele não deve sobreviver muito tempo lá sem internet. Andar de cavalo, carnear boi, aiai que romântico.

Parar de falar que eu to boiolinha, acho que vocês já entenderam.

Percebo que a puta já dormiu, observo os detalhes do seu rosto. Homi bonito, homi bom.

Olha, eu não sei se ele terminou com a Karina, mas se não tiver, eu sou a vítima desse cara!

Quero meus advogados!