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Vejo que era Juliano, meu ex.

Disgraça é obcecado na minha pessoa, deos me livre.

Micro pau!

-Bru, você não sabe o prazer que eu sinto em te ver aqui.-Da um sorriso cafajeste.

-Imagino.-Rolo os olhos.

Ele se aproxima, dou um passo pra trás.

-Calma Bru, você sabe que eu só quero seu bem, eu te amo.-Fala.

-E eu sei voar, se manca bobão!-Ele ri negando com a cabeça.

-Senso de humor impecável. Mas enfim, eu não te trouxe aqui por nada.-Fala dando as costas.

-Imagino, o agiota que você roubou sabe que tu é um cafajeste salafrário?-Debocho.

Me olha de rabo de olho enquanto serve as taças de champagne.

-Vai dizer que não gostou? Vamos relembrar dos velhos tempos, baby.-Faço minha melhor cara de deboche.

-Que velhos tempos? Aqueles que você me traia com Deus e o mundo?-Ele revira os olhos.

-Olha, Bru, eu era um idiota imaturo, não sabia que estava perdendo a mulher da minha vida.-Seguro a risada.

-Sabia que depois disso as pessoas ficavam imitando o chifre ou boi perto de mim?-Pergunto.

Ele ri, babaca.

-Olha, eu quero ir embora.-Falo impaciente.

-Tem comida, eu sei que não nega comida.-Sorrio animada.

-Bó lá doidão.-Falo tomando iniciativa de ir até a mesa de jantar.

Tava um puta banquete, se eu sentar pra ele em troca de comida? Para. Não to afim de forçar um orgasmo.

Ai meu Deus e se ele colocou veneno na comida, se bem que ele vai comer também. To com medo, ele é louco.

Loucos mamam. Ainda bem que eu sou esquizofrenica e não louca.

Bijinho.

Ele se senta do outro lado da mesa, na minha frente.

-Não sei por que to aqui, eu gosto de outra pessoa.-Falo servindo meu prato.

-Se fosse recíproco você estaria la.-Responde.

Abaixo a cabeça, ele ta certo.

-Então eu vou lá.-Falo.

-Vai nada! Come ai primeiro.-Fala.

Rio dele e dou uma garfada no camarão. Risoto de camarão uiui.

...

-Não, já foi longe demais eu vir aqui.-Falo meio zonza.

Ele ta insistindo para que eu fique aqui, Deus me dibre.

-Deixa eu pedir um Uber pra você.-Nego com a cabeça.

-Eu vou a pé.-Falo tentando abrir a porta.

Talvez eu esteja muito bêbada. Me viro pra ele e dou um sorriso estúpido.

-Diga ao povo que fico!-Imito Don Pedro no dia do Fico.

Tchurudaum tchurau baiys.

-Ótimo, vou mandar Maria arrumar o quarto de hóspedes.-Assinto.

Seu celular toca, ele se afasta para atende-lo.

Olho pelo apartamento, bagulho é dois do meu apartamento. Tudo chique, se eu pegar uma dessas taças da cristaleira ele vai falta? Melhor não.

Vai que eu sou processada.

Maria me chama para que eu a acompanhe. Carai, quadros pique Mone.

Entro no quarto e me jogo na cama, Maria fecha a porta.

L7 não saia da minha mente, assim como os outros dias, eu não aguento mais a dor de querer ele e não poder te-lo.

Suspiro. Me levanto e tento tirar o vestido, mas acabo rasgando, termino de rasgar também essa merda que inferno.

Abro o guarda roupa e acho umas camisetas. Coloco ela e sinto o perfume do Juliano.

Me jogo na cama e opito por não pensar mais sobre o Lennon e coisas do tipo, talvez não seja concreto.

Jogar um tijolo de concreto na minha cara ninguém quer.

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