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{4 dias depois}

Bruna

Eu me senti culpada por ter dito aquelas coisas, mas no fundo eu sabia que era verdade. Não falo com ele desde aquele dia, não quero ver sua cara.

Eu fui ao enterro da Karina, ela não era amada por muitos, havia apenas eu, Lennon, Lorenzo e o irmão dela. Fui por respeito, a conhecia, mas não tinha muita simpatia. L7 tentou falar comigo aquele dia, mas eu apenas o ignorei e dei oi para o Lorenzo.

Coitadinho, tão pequeno e órfão de mãe. E tem um pai que não vale nada, Deus me livre.

Agora eu to na praia pegando um bronzeado pro ano novo que ta logo ai. Meu celular começa a notificar do nada, vejo um monte de pessoas o conhecidas e desconhecidas me mandando uns stories do Lennon pela dm e me pedindo para ve-lo.

Engulo seco, pego meu fone e conecto o bluetooth. Suspiro e início a tortura. Ele estava dentro do seu carro, lindo como sempre.

—Visão tropa... Eu nunca abro meu coração aqui, mas eu vacilei com uma pessoa que é tudo pra mim e sem ela eu não tenho muitos motivos pra ser feliz não. —Percebo seus olhos com lágrimas.—Ela é a mulher mais linda do mundo, o sorriso dela que me fez apaixonar, cada detalhe dela é perfeito. Só que eu fiz merda, confesso que vacilei, mas eu quero me desculpar, por que ela...—Limpa os olhos evitando as lágrimas.—Ela tem uma filha nossa na barriga e eu quero ver nossa cria crescer de perto, do lado dela. Sem mais vacilos, por que eu acho que estourei o limite.—Pega o celular na mão e sai do seu carro.—Desculpa ocupar o tempo de vocês, mas disso ceis pode ter certeza que sai música.—Fala brincalhão, ouço sua voz de longe.

Me viro e o vejo com um puta buquê de rosas vermelhas, ele me olha e sorri, rio toda bobinha. Me arrumou na cadeira pois deu uma dor na minha barriga.

Ele coloca uma cadeira do meu lado e se senta.

—E ai, me perdoa?—Pergunto.

—Sim, só por que você se abriu em uma rede social.—Debocho e ele me olha feio.—Claro que te perdoou.

Me entrega as flores lindas e perfumadas que me fizeram espirrar. Oporra.

Ficamos em silêncio por um tempo até eu decidir falar.

—Eu pensei em até a minha licença acabar eu posso cuidar do Lorenzo, ele precisa de uma mãe e eu vou treinando né.—Rio fraco.

—Pô, se tu quiser ser a mãe dele, eu vou ficar muito feliz.—Olho pra ele sorrindo boba.

—Claro que quero.—Ele sorri.

Aproxima seu rosto do meu e me dá um selinho. Senti sua falta.

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