Dias atuais...
Em um único dia discuti com minha mãe, enfrentei meu maior medo de falar em público e apresentei o tcc de conclusão do meu curso de jornalismo, recebendo nota máxima, para logo depois, ceder ao jogo de persuasão da minha progenitora e me internar em uma clínica de emagrecimento, que leva o nome de spa.
Patético, eu sei. Como uma mulher de vinte e quatro anos pode ceder aos caprichos da mãe e jogar fora anos de amor próprio?
Insegurança.
Eu repito constantemente o quanto sou maravilhosa para meu reflexo no espelho, mas todos os minutos gastam alimentando minha autoestima caem ao chão quando encontro Kaciana, a mulher que me trouxe ao mundo. Ela consegue com um olhar derrubar todos os muros de confiança que levei anos para construir, cada maldita vez que eu me sinto Alguém, ela vem e acaba com todas as minhas fantasias.
- Queremos tudo o que temos direito, Rô. - Kaciana pisca para o massagista, em uma intimidade tão exagerada que me deixa desconfiada.
- Pode deixar, bela. - O homem diz e pisca de volta, virando para pegar um óleo aromatizante na mesinha perto da maca.
Ele me olha dos pés a cabeça quando vira de volta, como se tivesse notado minha presença apenas agora e tenho que apertar o roupão ao meu corpo sobre seu escrutínio nenhum pouco profissional. Ele sorrir de lado, um sorriso que não me agrada em nada.
Meu celular vibra dentro do meu roupão e o pego, deixando de lado minha mãe e o massagista. Sorrio ao ler a mensagem da minha melhor amiga, única, na verdade.
Allice está fora do país tem dois meses, foi disputar uma competição de esgrima, me enchendo de orgulho por correr atrás dos seus sonhos e não se importar com todas as dificuldades que o esporte, ainda pouco falado, enfrenta diariamente. Ela não ligou quando foi a única mulher nas aulas, peitou todos os cara e os venceu um a um, embora ela venha de uma família rica, seus pais são antiquados e preferiam vê-la casada e com filhos.
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Perverso, Sr. Bragança. / COMPLETO NA BUENOVELA
ChickLitSENDO ESCRITO. SEM REVISÃO. Eu sempre me vi como culpada. Acreditando desde as palavras que saiam da boca da mulher que me trouxe ao mundo até naquelas ditas por pessoas aleatórias na rua. Mas, eu estava errada. Eu não era a culpada. Eu era a vít...