1.5 - O bom filho à casa torna.

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― Lar doce lar ― disse Eleanor enquanto estacionava na frente da casa. Colin olhou pela janela e reconheceu algumas coisas que sempre ali ficavam, como o grande pinheiro e a casinha do cachorro. É claro que, agora que a irmã vivia sozinha tudo havia mudado no interior do imóvel, pelo menos era o que ele achava.

Ambos desceram do veículo e o mais novo se dirigiu até o porta-malas para buscar sua bagagem. A garota caminhou até a porta da frente e a destrancou. O rapaz chegou na varanda e sorriu ao ser recebido pelos latidos do vira-lata que pulou em seu colo. Hercules foi um presente dos pais para Colin quando ele completou treze anos.

― Oh meu deus, eu não acredito! ― a voz de Eleanor ecoou pela cozinha e o irmão entrou para verificar o que havia acontecido.

― O que é isso? ― perguntou assim que entrou na casa.

― Eu estava tentando preparar algo especial pra você, e estraguei tudo! ― contou cabisbaixa e com a luva retirou o bolo do forno, queimado.

― Tá tudo bem ― ele se aproximou dela e a abraçou. ― Podemos pedir uma pizza, o que você acha? ― Colin sorriu. Ele sempre tentava melhorar as coisas, mesmo antes de ficar recluso. O garoto avistou de longe um porta retrato sobre a estante na sala e caminhou até ele. Observou a fotografia.

A irmã se aproximou e retribuiu também o abraço ao mais novo. Ela esperava que aquele simples gesto pudesse significar mais do que palavras que jamais saberia dizer agora. Também estava sendo difícil para a garota.

― Eu já matriculei você novamente na escola. ― disse. ― É o último ano do colégio e logo estaremos nos formando, acredita nisso? Aliás, adivinha quem virou nova redatora do jornal da escola? ― comentou empolgada. Colin fingiu surpresa e bateu palmas para ela. Ele sabia dos dons da irmã que sempre sonhou em ser jornalista.

― A Marjorie ainda é a editora-chefe?

― Sim, ainda é. Mas eu acho que agora ela está um pouco mais suportável que antes. ― eles riram juntos do comentário. ― Também tem uma garota nova. Amber o nome dela, eu acho.

― É. Eu acho que vai ser bom voltar. Enfim, eu vou guardar as minhas coisas e deitar um pouco tudo bem? ― Colin falou enquanto subia as escadas rumo ao seu quarto. Ele se sentia em casa outra vez.

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