Um dia, um homem nascido em uma família onde praticamente todos os membros apresentavam albinismo oculocutâneo tipo I, chamado Heinz, conheceu uma mulher de cabelos dourados como ouro, chamada Sun. Ele imediatamente quis se casar com aquela mulher que mesmo não tendo sua mesma condição genética, como era normal dentro da tal família pra preservar os genes. A mulher vinha de família americana igualmente a dele, abastada e possuidora de incontáveis empresas espalhadas pelo mundo. A beleza incomparável e esperteza dela combinada com as inúmeras qualidades dele lhe dariam filhos puros, belos, fortes e inteligentes. Sun ainda era uma jovem muito ingênua, e se apaixonou por Heinz sem conhecer suas verdadeiras intenções. Ele parecia o homem ideal, era bonito, gentil no primeiro momento e prometeu que cuidaria dela. Decidida a ficar ao lado dele, abandonou sua família que não permitia aquela união, pois queria ser 'livre', e viver sua própria vida, decidir por si.
Sun sempre se manteve positiva, era de sua personalidade alegre buscar sempre o lado bom das coisas. Ela o amava demais, e talvez aquele jeito frio e distante que ele passou a demonstrar depois do casamento fosse só parte da personalidade dele que ainda não conhecia. Se tivessem que sair de casa, que mal tinha vestir somente as roupas que Hainz permitia. Não era bom ter amizades com pessoas de mais, já que ele queria protegê-la de pessoas interesseiras. Por que cozinhar o que gostava, se era melhor só fazer algo que seu marido gostasse de comer. Ele era tão bondoso, por que não ceder em benefício unicamente dele, já que devia demonstrar gratidão. Se era incapaz de engravidar imediatamente por causa de toda aquela pressão psicológica do dia dia, a culpa era dela por não ser fértil o suficiente. Se tinha que viver, por que não viver única e exclusivamente em função de Heinz já que ele era bom demais pra ela. Além do mais, quem iria querê-la e ser tão 'bondoso' pra Sun como ele era.
Na cabeça de Heinz, ela era como um ser quase que intocável, e apenas alguém digno como ele tinha direito de ter poder sobre ela. Eles eram como a junção de dois deuses prontos pra dar ao mundo uma amostra de sua grandeza. E assim ela se tornou tão objetificada quanto os carros novos que ele ponha na garagem todo mês. O tempo passou, e quanto mais Sun conhecia as verdades daquele país como companheira daquele homem, e a escuridão que exalava do coração de Heinz, sentia como se estivesse apagando aos poucos. Toda aquela obsessão disfarçada de cuidado estava a deixando completamente sem energia pra se quer reagir, tinha se perdido completamente tentando ser o que ele queria que ela fosse. Um dia, depois de muito tentarem, Sun ficou grávida e assim ela acreditou que tudo melhoraria, que o amor de uma criança traria luz pra ambos. Um ultrassom revelou que ela estava gerando duas crianças, e sua felicidade duplicou, pelo menos até o quarto mês. Um dos fetos crescia e se desenvolvia rapidamente e saudável, o outro estava atrasado era muito pequeno e os médicos lhe disseram que havia uma grande probabilidade da criança falecer durante a gestação.
Sun ficou completamente abalada, não podia imaginar um de seus filhos vir a falecer dentro do ventre dela, e também tinha medo da criança saudável ser afetada e acabar desencadeando um aborto espontâneo de ambos. Heinz ficou fora de si, queria obrigá-la a tirar a criança fraca e seguir apenas com a forte, mesmo com os médicos recomendando que a gestação seguisse normalmente. A falta de apoio do homem naquele momento delicado só tornou a gravidez mais difícil e conturbada. O que ela podia fazer? Jamais iria escolher entre uma das crianças, mesmo sem tê-los conhecido, Sun já os amava demais, e levaria os dois com ela até o fim, mesmo que um viesse a morrer, e se dedicou inteiramente em matê-los vivos como podia. No começo do oitavo mês Heinz causou um estresse tão enlouquecedor que Sun entrou em trabalho de parto prematuro.
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最後の鏡 ( O último espelho/The last mirror)
Fiksi Umum"My father asked me to go back in time, so that I could protect his biological son and prevent his suicide. If I wanted to believe that it would be possible to regress 14 years in time, things became more absurd when I discovered that the whole coun...