Divergência de caminhos

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(...)

—Mate-o.

Essa foi a ordem de Alicia.

Sem mais perguntas ou rodeios.

Apenas a decisão.

Poderia eu realmente matar alguém?

Esse seria o preço para alcançar o que busco?

Esse é o caminho que escolhi trilhar?

Se sim, é o certo?

Se não, onde está quem me impeça?

O cômodo estava silencioso, Alicia retirou-se da cela deixando apenas Hamp e Einz ali. —Você só conseguirá ter nossa confiança se cumprir a ordem que te dei, caso contrário morrerá junto à este homem na sarjeta.

Hampet engoliu em seco, Einz ergueu vagarosamente o rosto inchado e  desfigurado, a visão turva mal o permitia ver o rapaz, mas pelo que ouviu entendia do que se tratava, e simplesmente não deixaria tal possibilidade tornar-se concreta, não tinha a menor pretensão de morrer ali por mais covarde que fosse. Com dificuldades apoiou-se na parede pondo-se de pé. 

Hamp permanecia imóvel pensando no que realmente deveria fazer.

Carregaria sangue em suas mãos?

Se tornaria esse tipo de monstro?

Isso era aceitar o que o impusessem?

Afinal quem é o povo?

Quem deve realmente proteger.

Quem era o homem à sua frente?

E quem era Estella para ele?

Pôr esses conceitos em uma balança tornava a situação um tanto mais justa para Hamp.

—Se eu não te matar agora, seremos eu e você mortos daqui à pouco. Desculpe, mas tenho um objetivo e não posso deixar que você fique no caminho.

Hampet soltou a lamparina que trazia consigo e com um ímpeto avançou para cima de Einz com um soco em cheio no rosto do homem que fraco, cambaleou para trás. —Posso ser um covarde mas não vou deixar que um moleque simplesmente me mate, se é que me entende.

Aproveitando-se do momento Einz abaixou-se apoiando-se na parede atrás de si, e apanhou uma estreita barra de ferro que vira mais cedo, chutou a lamparina que estava no chão para longe, a fazendo apagar-se, tornando o ambiente um verdadeiro breu.

—Vamos ser justos. Se vai realmente tentar algo contra seu povo deixe-o ao menos chance de defesa.

Um urro foi ouvido, seguido de passos ligeiros e abafados sobre o piso.

Estaria à esquerda?

Direita?

Nas costas talvez?

Ou uma manobra evasiva?

Não, Não, ele está me cercando quer me confundir.

Hamp, atentou-se aos sons dos movimentos e respiração de Einz.

Pra tentar me confundir assim, ele deve ter em mente algum lugar mais fácil para me ferir, apesar de não querer parecer óbvio ele não possui muitas opções principalmente ferido como está...

Guerra em GeminidiaOnde histórias criam vida. Descubra agora