Capítulo 5 - Dominick Campbell

4.2K 221 90
                                    

O tempo que venho passando com a minha menina me fez sentir melhor do que eu me sentia a anos. Seu jeitinho fofo e carinhoso, mas ao mesmo tempo reservada, que a fazia ser mais única ainda. Não se importava com nada, desde o tanto de dinheiro que eu ou ela temos, os as roupas que vestia, até mesmo onde comíamos e eu amei a simplicidade no seu jeitinho, que me deixava encantado.

Queria passar cada segundo a segurando em meus braços, a mimando e cuidando dela. Dando todo amor e carinho que minha menina merecia. Mas como nem tudo é perfeito hoje teria que começar a dar aulas para aquele bando de adolescentes mimados e minha menina que estava trabalhando praticamente apenas em casa por insistência minha - admito -, vai ir para sede da sua empresa resolver algumas coisa durante a tarde.

Agora estou estacionando meu carro na minha vaga do estacionamento da escola quando vejo uma McLaren LT765 branca exatamente igual a um dos carros de Night que estava mais cedo na garagem que compartilhamos. Mesmo intrigado com a semelhança dos carros deixo o assunto para lá entrando no enorme prédio criado com base nas construções vitorianas góticas que criei a alguns anos, devo admitir um dos meus projetos favoritos, cheio de passagens secretas assim como em filmes.

__ Que bom que chegou __ Meredith diz assim que passo elas portas da instituição

__ Não é como se eu tivesse opção de escolha __ uso um tom sarcástico acompanhado de uma revirada de olhos

__ Não é como se fossem arrancar um pedaço de você. __ brinca enquanto andamos pelo corredor e quando estávamos prestes a sair do amontoado de aluno vejo uma garota baixinha com saltos agulhas e cabelos brancos de costas para nos.

Não pode ser, minha menina não, minha cabeça roda agoniada com a possibilidade dela ser menor de idade e dela ter mentido para mim quando disse que fazia faculdade.

__ Quem é ela? __ aponto discretamente para a minha menina que na mesma hora fica de perfil para nós enquanto digita algo no celular

__ Nigthmare Windsor, chegou durante nosso recesso da Rússia, mas é um caso complicado. __ parece pensar no que pode me falar __ Na realidade ela é um crânio, __ bate as unhas consideravelmente curtas na capa do livro __ Terminou a escola muito mais nova do que deveria e com dezessete anos já tem uma faculdade completa.

__ Por que alguém tão nova teria interesse em ir a faculdade? __ pergunto sem esconder minha curiosidade

__ O que sei é apenas o que saiu em jornais e portais de fofoca. Seu pai morreu quando ela tinha sete anos, um grande homem e empresário aliás, mas quando ele se foi a menina já tinha sido emancipada e como sua única herdeira assumiu tudo.

__ E a mãe? __ indago ainda olhando para minha menina

__  A mãe pelo que contam assim que descobriu que não herdaria nada do marido sumiu com um ricaço deixando a filha, mas por que tanto interesse na vida de uma aluna?

__ Nada __ tento passar o máximo de frieza que conseguia possível, já que se desconfia-se de alguma coisa ela me daria um enorme sermão

__ Sei... __ usa um tom resignado e nesse exato momento Night se vira em nossa direção e seus poços de prata líquida e escaldante dobram de tamanho e por um breve segundo vejo seu lábio inferior tremer.

Parece que minha menina ficou tão abalada quanto eu por saber que vamos ser professor e aluna. Nos encaramos por alguns minutos até que seus olhos começam a ficar avermelhados e lágrimas se acumulam. Meu primeiro extinto foi ir até ela e consolá-la, mas antes que tivesse a oportunidade de faze-lo ela desconecta nossos olhares mirando o chão e some no meio da multidão de pessoas mais altas que ela.

__ Onde vai? __ pergunta quando ameacei sair de perto dela para procurar o meu pequeno anjo

__ Lugar nenhum __ disfarço apertando meus punhos nos bolsos da minha calça social, queria ir atrás dela entender o que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo sabia que me envolver com uma menor de idade me traria muitos problemas no futuro.

MineOnde histórias criam vida. Descubra agora