Capítulo 14 - Nightmare Windsor

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Odeio! Odeio! Absolutamente odeio essa porra de "viagem escolar"! Tudo nesse maldito dia começou errado, primeiro eu acordei sem o Dominick ao meu lado, o que não deveria me irritar já que o mesmo apesar de não necessariamente precisar me dar satisfação, deixou um bilhete junto com uma rosa avisando que teria que chegar mais cedo para ajudar com a preparação de algumas coisas, já que era um dos professores responsáveis. Mas os meus hormônios completamente bagunçados graças a minha amada, sinta a ironia, menstruação somados com o remédio para começar a lactar que pelo conselho das vozes da minha cabeça, que nesse momento mal sei se deveria ter ouvido, só ajudaram a piorar tudo.

Deixo um suspiro dolorido escapar dos meus lábios. Já havia tomado um remédio para cólica, mas ainda demoraria para fazer efeito e como se isso não fosse o suficiente minha cabeça latejava. Tomando coragem para encarar o bando de filhinhos de papai irritantes deixei o carro ainda de óculos escuros para evitar a luz do sol. Os professores já estavam à postos junto com os ônibus. Não demorei muito para deixar as malas com o homem que estava começando a colocar as malas nos compartimentos e parti em direção ao ônibus ainda completamente vazio pela hora.

Me acomodei numa das primeiras poltronas ao lado de uma mala de mão que conhecia muito bem, era do Nick com certeza. Saber que iria com ele me animou um pouco mesmo que as poltronas estivessem irritantemente dispostas de quatro em quatro o que significava que não poderia tocá-lo nem mesmo discretamente durante a viagem. Ainda sentindo a dor latejante no meu ventre, cabeça e seios, fechei os olhos tentando dormir mesmo que a missão parecesse completamente falha.

Não sei quanto tempo fiquei nessa brincadeira de tentar dormir, mas sei que quando menos percebi pude ouvir o burburinho dos outros alunos ao redor me irritando ainda mais e algum tempo apoa isso pude sentir a presença de Nick ao meu lado, só que antes que pudesse o tocar, mesmo que apenas com as pontas dos dedos para tentar acalmar meu ódio interior uma voz irritante direcionada a mim.

__ Você está no meu lugar! __ a voz fina e irritante da professora de artes, uma mulher bonita, não tinha uma beleza exótica ou diferente, mas ainda sim tinha sua beleza com os curtos cabelos repicados e os olhos tão escuros quanto o cabelo.

__ Pelo que eu vi não tem seu nome nele gatinha! __ dou um sorrisinho sarcástico me levantando e tirando os óculos de sol, a olhando de cima abaixo.

__ Mas ele é meu! __ a pequena cadela praticamente late tão escaniçada que eu não sei como suas cordas vocais não estouraram, me dando a impressão de que ela não falava apenas do banco, mas escolhi iguinorar isso.

__ Se você é incapaz de chegar mais cedo para pegar o lugar que você quer esse problema não é meu. __ minha voz saiu calma e controlada exatamente a mesma de quando fazia negócios a fazendo dar um passo para trás e se encolher os ombros __ E se além de burra for cega eu estou sentada aqui e muito bem acomodada. __ me sento ouvindo os comentários dos outros alunos sobre nossa "briga" enquanto a mesmo estava fervendo de raiva bem na minha frente achando que a carinha de cadela mal comida dela me assustaria.

__ Algum problema? __ a voz de Meredith, dona e diretoria do inferno surge atrás da morena.

__ Claro que não Sta. Harris, a Sra. Davis está apenas procurando um lugar para se sentar, não é mesmo? Precisa de alguma ajuda para se acomodar Sra. Davis, sabe como é a idade! __ termino com um sorrisinho doce vendo a cadela quase pular em cima de mim de ódio.

__ Não, obrigado. __ responde entre dentes colocando sua bolsa no bagageiro e se sentando em frente ao Nick.

Depois do pequeno episódio da putinha mal comida a viagem seguiu 'tranquila', apesar de que estar com dor e ser obrigada a assistir aquela cadela dar descaradamente em cima de Dominick só piorou meu humor. Então decidi por pegar meu MacBook na bolsa e trabalhar durante essa maneira de tortura medieval, chamada de viagem escolar. Precisava de algo para me distrair e aquilo era perfeito, iria me impedir de voar na cara de uma megera e ao mesmo tempo me distrair até que os remédios fizessem efeito.

Dessa forma a viagem correu muito melhor, para mim, pelo menos. Aquilo era meu lugar, fazendo negócios, e não fingindo que queria ou conseguiria ser uma adolescente normal, que não tinha famílias que dependiam de mim e que não tinha mil e uma coisas esperando pra mim resolver.

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