Capítulo 10 - Nightmare Windsor/Dominick Campbell

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Um gemido baixo escapa dos meus lábios ao encarar a pilha de papéis a minha frente. O sossego que ganhei nos últimos dias pareceu se dissipar tão rápido que sequer pareceu realmente ter existido.

__ Parece que vamos tomar mais algumas latas de energético! __ falo com a gata que me olhava do canto da mesa onde estava casualmente esparramada e ganho um miado da mesma.

Cantarolando baixinho passei pelo apartamento que agora parecia mais vazio que o normal e até mesmo mórbido. Essa noite estava completamente sozinha, a não ser pela Lux. Claro na maioria das vezes em que Nick dorme aqui eu sempre arranjo um jeito de dar um perdido nele e ir para o escritório de madrugada, mas apenas de saber que ele está aqui me trazia uma sensação de lar.

Com algumas latas aleatórias de energéticos em mãos retornei ao escritório me jogando na cadeira incrivelmente confortável, enquanto engolia uma lata inteira de energético. E bem... depois disso tudo que fiz foi alternar entre documentos, lições da faculdade e latas, e mais latas de energético.

Estava esperando minha pequena a quase uma hora e isso me preocupou um pouco. Quem estou tentando enganar? Isso me desesperou completamente afinal desde que a conheci nunca a vi perdendo o horário ou se atrasando para nada. Não é algo comum, pelo menos, não com ela.

Aproveitando o lugar onde estava peguei um Frappuccino de chocolate branco, um croissant de peito de Peru com cream cheese e um muffin de blueberry, que são seus itens favoritos daqui e para mim, um caramelo Macchiato acompanhado de um croissant igual o da minha garotinha.

Durante o trajeto curto do Starbucks e meu apartamento eu tentei ligar para a mesma, mas tudo que eu conseguia era ser encaminhado para sua caixa postal.

Não demorou muito para eu estar em frente a porta do seu apartamento tocando a campainha. Como sempre foi Alicia, uma senhora grisalha de cinquenta e poucos anos, russa assim como minha garota. Já que eu passei algum tempo aqui nos últimos dias ela me deixou entrar, avisando que Night estava no escritório desde ontem.

Ao abrir a porta do cômodo onde minha loirinha deveria estar me deparei com uma cena que me definia até pouco mais de cinco anos atrás. Ela dormindo apoiada na mesa com olheiras escuras em baixo dos olhos, os cabelos aparentemente emaranhados e uma enorme bagunça de papéis e pastas a sua volta, pelo menos uma duzia de latas de energético transbordando para fora da lixeira.

Com cuidado a tiro da cadeira pronto para a levar para cama quando vejo seus belos olhos se abrem lentamente, para me encarar.

__ O que está fazendo aqui? __ pergunta com a voz ainda rouca enquanto aninha a cabeça ao meu pescoço.

__ Marcamos de tomar café da manhã juntos e você não apareceu __ sigo até seu quarto.

__ Me desculpa! Eu acabei trabalhando até tarde e... bem... eu não consegui acordar. Aparentemente. __ diz enquanto eu a coloco na cama.

__ Nós temos que conversar Night! __ tento ser o mais sério possível sem parecer agressivo.

__ Eu só me atrasei para um café da manhã. Não é o fim do mundo! __ se levanta da cama tirando a camisola de seda que estava vestindo, me fazendo perder a concentração por alguns segundos, mas com a quantidade certa eu consegui igunirar o quanto aquele sutiã de renda preta se destacava em sua pele extremamente pálida, ou de como eu conseguia ver os seus mamilos perfeitamente marcados através do tecido macio e de como eles pareciam incrivelmente deliciosos. Até mesmo de como sua bunda engolia a minúscula calcinha que ela estava usando.

__ Não se trata disso! Você acha mesmo que eu não percebi que todas as noites você sai, passa horas no escritório e depois volta fingindo que dormiu. __ ela desvia o olhar parecendo envergonhada por ter sido pega no flagra.

__ Eu já fiz isso, e eu quase me matei fazendo isso! __ seguro deu rosto a fazendo me olhar. __ Eu sei o que é ser tão novo com algo tão grande para cuidar, mas você pode ter ajuda com tudo isso, e ter tempo para fazer coisas que você gosta. __ meus dedos deslizam por sua pele num leve carinho.

__ Ou por que você acha que eu literalmente posso dar legalmente aulas de história pra um monte de adolescentes? __ arqueio minhas sobrancelha vendo um pequeno sorriso sarcástico surgir em seus lábios.

__ Eu achei que você fosse apenas um ricaço com falta do que fazer, ou estava numa crise de meia idade __ debocha e eu a jogo na cama fazendo cócegas na mesma.

__ Crise de meia idade... é? __ a seguro em baixo de mim me perdendo em seus olhos prateados tão bonitos e brilhantes.

__ Sim __ sua voz é baixa e aveludada a fazendo parecer tão perdida quanto eu.

Estávamos próximos, muito próximos. Fazendo com que nossas respirações se conectassem ficando mais pesadas a cada segundo. É impossível negar que temos uma química perfeita desde o momento em que nos conhecemos, com nossos corpos respondendo um ao outro como se fossem entrar em combustão a qualquer momento.

Provavelmente devo parecer um adolescente que mal sabe tocar uma punheta por mal aguentar ficar com as mãos longe dela. Não importa em que parte do corpo fosse sempre sentia a necessidade de tocá-la por menor que fosse o toque. Além de estar quase sempre de pau duro por essa garota ser uma pequena provocadora safada.

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