CAPÍTULO SETE

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Olhando oela janela, sob o crepúsculo do céu, pude observar a paisagem que se tornava cada vezais urbana. As ruas lotadas com carros que insistiam em buzinar sem motivo, jovens caminhando prontos para aproveitar a noite, e no centro um pequeno grupo sendo disperso.

No banco à minha frente encontrava-se Christopher, dirigindo em silêncio, mantendo sua postura de bom profissional. No fundo eu queria que ele conversasse, mas desde que ele prrcebeu meu descaso em saber seu nome, ele não fez a menor questão de dirigir a palavra à mim, a não ser que fosse necessário ou que eu phe perguntasse algo, mesmo assim, ele respindia sempre em frases curtas e sem o menor contato visual.

— Christopher? — Eu o chamei, mas sem muita certeza do que eu queria falar. Seus olhos castanhos me encararam de volta através do retrovisor. Mordi sutilmente meu lábio inferior enquanto pensava el qualquer assunto que ele poderia conversar.

— Pois não?

— Perdoe-me perguntar, mas já fazem alguns dias em que você levou a boneca da Oli, e ela não para de me encher com isso.

Eu pude perceber um sorriso discreto se formar naqueles lábios felucados. Por que diabos eu estava observando os lábios dele? Aquela não tinha sido a primeira vez e eu deveria me envergonhar disso dado meu estado atual de uma mulher semi compromissada.

Dei uma risada disfarçada conseguindo imaginar a voz de Anahi dizendo que paredes não tinham boca e que eu ainda não era oficialmente compromissada.

— Confesso que já tem dois dias que esqueço a boneca em cima da mesa. Sempre saio correndo para não chegar atrasado. Espero que amanhã esteja com ele.

— Oh, tudo bem, ela pode esperar.

— De qualquer maneira, apesar do esforço, minha mãe não conseguiu fazer com que a boneca ficasse sem cicatrizes.

Por um momento fiquei em silêncio, pensando qual o nível de desastre em que se encontrava aquela boneca. — Não tenho dúvidas que se encontra em um estado melhor que p que eu te entreguei.

— Ah, isso tenho certeza. — Ele olhou el volta como se verificasse o lugar. O carro diminuiu a velocidade e ele parou, no acostamento. — Este é o endereço, chegamos.

Olhei para fora novamente e verifiquei o local. — É, o nome é o mesmo.

Sem esperar muito tempo, Christopher desceu do veículo e veio diretamente abrir a porta para mim, e com uma mão me ajudou a descer. Por um momento eu tinha me esquecido que estava indo ao encontro do meu não amado futuro noivo e que pela primeira vez estaríamos teoricamente em um ja tar a sós que por sinal, havia sido planejado entre ele e meu pai e eu soube basicamente de última hora. Lembrar daquilo fez meu estômago dar voltas.

— Devo aguardá-la?

— Ah sim, por favor. Eu não sei qual vai ser o nível de desadtre lá dentro com aquele troglodita.

Christopher deu uma risada gostosa que fez minha noite. Ele provavelmente estava pensando que eu era uma louca ao falar assim do cara que eu estava prestes a me casar. — Não se preocupe, estarei bem aqui se precisar fugir.

— Deseje-me sorte.

— Toda do mundo! Espero que pelo menos a comida esteja boa.

Eu ri, porque esse era exatamente o tipo de pensamento que eu teria se não estivesse nervosa demais.

Precisei entrar e lá dentro a primeira impressão não foi das melhores. O cheiro de fumo no ar me dava repulsa mesmo já estando acostumada com meu pai fumando à mesa durante as refeições o tempo todo. O ambiente também era completamente oposto do que eu costumava frequentar com leus amigos. Uma música clássica era tocada ao vivo e todas as pessoas ali tinham cara de que tinham dinheiro suficiente para gastar com quantas garrafas fe vinhos caros demais lhe apetecessem.

Proibido | VONDY (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora