Capítulo 2

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No outro dia a primeira coisa que eles tentaram fazer foi falar com ela na entrada da aula, porém foram friamente ignorados pela garota que parecia estar mais brava que o normal se é que isso era possível.

Decidiram tentar novamente durante o intervalo, o que também não foi possível pois eles não encontraram ela em parte alguma da escola, e olha que eles procuraram bastante.

- Caramba, será que ela foi embora?

No momento em que essa pergunta foi feita por Zheng eles avistaram a garota entrando na sala e correram para tentar falar com ela, o que mais uma vez foi impossível já qu o sinal que indicava o começo das aulas havia acabado de soar fazendo com todos o alunos entrassem em suas salas, eles teriam que falar com ela no horário da saída.

Assim que as aulas acabaram os três saíram correndo da sala, pararam na frente do portão e ali ficaram, ela não poderia sair da escola sem passar por ele e alguns minutos depois eles avistaram a menina dos cabelos ruivos se aproximando do portão, não perderam tempo e foram até ela.

- O que vocês querem bando de imbecis?- sua raiva era notada de longe.

- A gente só queria conversar.

- E quem disse que eu quero conversar com vocês?

- Ué, todas as garotas querem conversar com a gente!- Disse o Moreno em um tom arrogante.

- Eu não sei se você é burro ou cego, mas caso você não tenha percebido eu não sou nenhuma dessas vagabundas que fica correndo atrás de você e implorando a sua atenção. BEM pelo contrário, quanto mais longe você estiver melhor!

E com essas palavras ela deixou os três totalmente perplexos para trás.

- Uau, ela não gosta mesmo de você.

Enquanto os garotos conversavam a caminho de suas casas Mo caminhava a caminho do seu trabalho de meio período em uma pequena loja de conveniências que não ficava muito loge da escola. Durante a tarde ela trabalhava lá para ajudar sua mãe.

Depois de uma longa tarde de trabalho ela se dirigia para casa, caminhava sozinha pelas ruas escuras do bairro onde morava, se alguém perguntasse se ela tinha medo, ela responderia que não afinal ela já estava acostumada aquela rotina de trabalhar a tarde toda e caminhar sozinha para casa no cair da noite, ela nunca teve nenhum amigo e muito menos alguma amiga, além dela ter se mudado a pouco tempo para essa cidade as pessoa tinham receio de ficar perto dela por causa dos boatos de que ela era filha de um marginal perigoso, que estava preso preso por crimes imperdoáveis, o que de certo ponto não era mentira já que seu pai estava mesmo preso ele só que em vez de marginal perigoso ele tinha apenas caído em uma dívida enorme de jogo e para pagar ele acabou procurando um agiota, o que fez a dívida ficar ainda maior e mais alguns problemas depois ele foi preso deixando toda a dívida nas costas da esposa e da filha que não tinham mais ajuda nenhuma. As duas se viravam como dava, sempre com trabalho honesto, mas os boatos estavam sempre lá para desviar a história.

Mas algumas semanas atrás Mo tinha se metido em um problema com um garoto na rua que para o seu azar estuda na mesma escola que ela e dessa forma ela tinha que "trabalhar" para ele, bom na verdade ela tinha mais era que obedecer cada ordem que lhe era dada se não ela sofria as consequências, ela preferiu não contar isso para a sua mãe já que ela já tinha problemas de mais com as dívidas, ela não queria ser um estorvo.

Alguns quarteirões antes de chegar em casa Mo foi arrastada para um beco escuro, sua boca foi fortemente tapada enquanto ela era arrastada com violência, no fundo do beco sua boca foi destapada.

- PORRA SHE LI NÃO PRESCISAVA DE TUDO ISSO SEU ANIMAL!

- Para de gritar vagabunda!

Um estalo ecoou no beco, ela levou um belo de um tapa na cara.

- Fala logo o que você quer agora.

- É simples eu só quero que você leve a culpa de uma coisa para livrar a barra de uma colega minha.

- Levar a culpa de que?

- Isso não te interessa, afinal de contas você tem uma dívida comigo, você vai fazer o que eu mandar.

- Des de que não seja muito grave.

- É so uma acusação de briga, nada que você já não seja suspeita. O máximo que pode acontecer é você ser expulsa, o que não vai ser de todo ruim assim você pode trabalhar mais, não é isso que você queria?

- Que seja. E quando vai ser isso ai?

- Você vai saber, tchau tchau vagabunda.

Ele se despediu dando um forte soco no estômago dela e a única coisa que ela pode fazer foi grunhir de dor sozinha no fundo do beco, alguns tempo depois ela saiu de lá como se nada tivesse acontecido e foi para casa.

Entrou no pequeno apartamento, desfez a horrível careta de dor que ela levava e estampou um leve sorriso.

- Chegeui mãe!

- Oi filha, chegou tarde, o que aconteceu?

- Nada de mais, só fiz hora extra.

- Certo, vá tomar banho e desça rápido, o jantar está quase pronto.

Assentiu com a cabeça e subiu um curto lance de escadas que dava pra um corredor onde tinham três cômodos, dois quartos e um banheiro. Deixou a a sua mochila no quarto e se dirigiu para o banheiro, se desfez das suas roupas e observou a bela marca roxa que She Li deixou no seu abdômen deu um suspiro pesado e entrou no chuveiro, não demorou muito e ela já estava sentada na mesa com a sua mãe jantando e conversando.

- Filha amanhã eu vou pegar um turno extra no trabalho então não me espere para jantar.- Disse em um tom cansado.

- Tudo bem, pode deixar que eu cuido de tudo.

Por mais que ela se preocupasse com a saúde de sua mãe não havia nada que ela podia fazer, ela já tinha quatro trabalhos de meio período intercalados durante a semana, e a dívida ainda estava longe de ser paga.

Depois do jantar ela ajudou sua mãe a lavar a louça e então sem muita cerimônia cada uma se dirigiu ao seu quarto e foram dormir, amanhã seria um longo dia.

🖤🖤🖤🖤

É isso, espero que tenham gostado😁😁

OBRIGDA POR LEREM!!
Até o próximo capítulo!!💖💖

Minha Ruivinha (TianMofem)Onde histórias criam vida. Descubra agora