Prólogo

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A tensão era sentida por todos em Pedra Do Dragão.
Quando os soldados vieram para escoltar Elia e seus filhos, a dornesa soube que estava perdida.
Ela olhou para suas damas. Para os dorneses que insistiam em se manter por perto. E sabia o que fazer.
–Saiam daqui. Vão embora.
–Elia...
–Só eu tenho que ir não é? Meus compatriotas não tem nenhuma ordem direta para voltar a Porto Real comigo, tem?
O soldado, desconfortável com o que tinha que obedecer, resolveu responder.
–Não, senhora, não há nenhuma ordem neste sentido dada pelo rei.
Elia assentiu, se voltando para seus amigos e damas.
–Voltem todos para Dorne. Diga a Doran para sair da guerra. Diga que tio Lewyn morreu.
Ela abraçou seu pequeno bebê com força.
–Diga a Doran que Dorne vem na frente.
Angustiados, eles concordaram.
–E você? E seus filhos? E se vocês correrem perigo?
Com lágrimas nos olhos, Elia se sentia de mãos atadas.
–Já estamos em perigo por culpa do pai idiota deles.
Os soldados se entreolharam, surpresos por Elia ter falado de tal forma de seu marido.
–A única coisa que posso fazer é ordenar que salvem o maior número de vidas dorneses possíveis. E apenas isso. Salvem-se! Corram!
–Eu vou dizer para Doran. Eu direi suas palavras do mesmo jeito que você falou. E vou dizer o quanto você mostrou ser a princesa de Dorne.
Enquanto suas coisas eram arrumadas, ela apertou a mão de cada um deles.
–Que a Mãe Roine os guie para casa.
E enquanto partia de lá para Porto Real, pensou no quanto nunca vai perdoar seu tolo marido por ter colocado a vida de Rhaenys e Aegon em perigo.

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