˚₊‧꒰ა ☆ ໒꒱ ‧₊˚
O lugar estava tão sujo que Midoriya passou metade do dia limpado-o. Seu esconderijo era no subsolo, o descobriu quando adolescente, Katsuki havia sumido por ter brigado com sua mãe e o moreno passou alguns dias procurando o "amigo", foi quando tropeçou na porta do lugar escondido pela grama rasa.
Tudo bem que talvez Bakugou o achasse, mas se fosse descoberto não hesitaria em matar o loiro e jogar o corpo no mar.
Com o dinheiro que conseguiu quando trabalhava numa lanchonete qualquer dentro do bolso e uma máscara cirúrgica preta em frente a boca, saiu do lugar subterrâneo, devia tomar cuidado para ninguém lhe reconhecer e para isso devia mudar seus lindos cachinhos negros que sempre lhe foi habitual.
Caminhou com os olhos focados na rua pouco movimentada, avistou uma farmácia logo à frente e entrou, foi até as tintas de cabelo e procurou alguma que lhe favorecerá, podia ter se tornado um vilão mas isso não significa que começaria a se vestir como um mendigo.
— Eu não achei o remédio para febre. — A voz tão conhecida chegou aos seus ouvidos, fechou os olhos antes de sorrir sádico e pegar a tinta verde indo até o balcão, ficou atrás da garota enquanto tentava se acalmar para não quebrá-la no soco ali mesmo.
Hina Yukimura estudava com o garoto desde o jardim de infância, no início ela se mostrou uma amiga fiel que sempre lhe ajudava quando Katsuki lhe insultava, não ligava para o fato do moreno não ter individualidade e lhe ensinou alguns golpes de artes marciais para o garoto defender-se sozinho, mas tudo desmoronou quando descobriu que a ruiva lhe organizou uma emboscada.
Pensar que seu primeiro beijo foi com ela dava-lhe ânsia de vômito. E se irritava ainda mais ao pensar que perdeu a virgindade com Bakugou, por que Izuku tinha dedo podre para "amigos"?
— Obrigada. — A voz da ruiva lhe tirou de seus devaneios, ao ver ela sair da farmácia, pagou a tinta.
Saiu do local o mais rápido possível para não perder a ruiva de vista, enquanto a seguia, dentro do bolso esquerdo, apertava o cabo de uma faca que carregava consigo desde que saiu de casa, o objeto cortante era parecido com um bisturi. Poderia perfurar os olhos da garota ou, talvez, cortar seus dedos, um por um.
Acelerou o passo e ao ver que tinha apenas duas pessoas andando na rua e nenhum carro, segurou o pulso de Hina fortemente a assustando e levando-a para um beco escuro, como já estava anoitecendo, as câmeras não filmariam seu rosto nitidamente e a máscara ajudava.
— Quem é você? — Perguntou a garota atividando sua individualidade, que era basicamente melhorar seus sentidos (audição, olfato, visão, tato e paladar), tentou enxergar o rosto familiar a sua frente mas ao ter o antebraço do outro apertando seu pescoço e batendo - apenas para lhe desestabilizar - sua cabeça na parede, fechou os olhos com força.
Lágrimas acumularam-se em seus olhos, suas mãos não tinham força o suficiente para afastar o homem e isso estava lhe desesperando.
— Não me reconhece Hina-chan? — O moreno perguntou com uma voz manhosa e um pouco sarcástica. — Isso magoou.
Izuku afrouxou o aperto em seu pescoço, o que fez a ruiva cair no chão buscando desesperadamente por ar.
— Você é tão fraca. — Disse em meio a um mínimo risinho vendo a garota jogada aos seus pés. - Era isso que você me dizia não é? Que eu era fraco, inútil e nunca seria alguém na vida.
A Yukimura olhou para o moreno, ainda tossia pela falta de ar, seus olhos estavam vermelhos pela enorme vontade de chorar.
— E olha que legal. — Midoriya exclamou de repente a assustando novamente. — Eu me tornei alguém: seu assassino, e logo mais, me tornarei o próprio Caos. Pena que não estará aqui para ver.
Hina tentou se erguer e correr, mas seus calcanhares foram segurados fazendo com que acabasse batendo o queixo no chão, pela língua mordida, o sangue começou a verter em sua cavidade bucal, Midoriya estava adorando ver ela se debater para soltar-se de seu aperto.
— Me solta! — Gritou com a voz embargada. — Por favor, me solta! Eu prometo nunca mais cruzar seu caminho, só me solta, por favor Deku!
Com uma risada sarcástica o moreno virou-a de frente para si e sentou em suas coxas, com uma mão segurou os pulsos da garota acima de sua cabeça e com a outra buscou a faca dentro de seu bolso.
— Lembra da vez que transou com Kacchan? - Perguntou retoricamente vendo as lágrimas deslizarem pelo rosto vermelho da ruiva. — Era o dia do nosso aniversário de um mês...
— Eu prometo que não chegarei perto do Katsuki. — Seus olhos estavam fechados, o medo tomava conta de seu corpo, ela sabia que iria morrer, mas antes disso lutaria o quanto pudesse por sua vida.
A risada do moreno ecoou em seus ouvidos, sentiu os dedos do garoto limparem suas bochechas.
— Eu não ligo para isso, Hina-chan. — Disse negando com a cabeça. — O Kacchan que se foda, ele terá o que merece em breve.
— Você o ama? — Perguntou tentando se acalmar, não adianta mais se debater, aquela seria sua última memória de um jeito ou de outro.
O silêncio preencheu o lugar, a ruiva tomou coragem e abriu os olhos confusa, Deku tinha uma expressão meio pensativa, mas segundos depois mudou para a raiva.
Com um rosnado baixo o moreno cravou a lâmina no abdômen da Yukimura, o grito que a menina soltou foi tão alto que talvez o Japão inteiro tenha ouvido, mas Izuku sabia que ninguém se importaria pois para os moradores, os heróis viam tudo que acontecia. Há! Quanta burrice.
— Hina-chan. — Chamou-a num sussurro, soltou os pulsos da garota levemente. — Olhe para mim.
Com as duas mãos erguidas, a lâmina fortemente segurada. A garota abriu os olhos lentamente e foi nesse momento que a ponta afiada da faca cravou no meio de sua testa.
Midoriya levantou-se devagar, limpou a bermuda, pegou a sacola com a tinta para cabelo e de quebra pegou a sacola que a ruiva levava, saiu do beco lentamente mas antes ligou para a polícia com o celular da garota, limpou suas digitais e deixou-a ali.
— Eu disse que você não veria. — Riu levemente voltando a caminhar para sua nova casa.
˚₊‧꒰ა ☆ ໒꒱ ‧₊˚
O capítulo não foi revisado então é provável que tenha algum erro ortográfico, se virem me avisem. E espero que tenham gostado.
P.S.: Alguém está feliz por ter acertado na teoria de Dabi ser Touya Todoroki? Estou feliz, mas não surpresa. Vamos concordar que já estava na cara, né. Agora, alguém me explica de que cor é o cabelo dele, tem gente falando que é branco, outros que é vermelho e alguns dizem ser rosa (ele ficaria fofo de cabelo rosa), o que vocês acham?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Símbolo do Caos || KTBD
Fanfiction🚨FANFIC PARADA TEMPORARIAMENTE🚨 "Não é possível ser herói não tendo individualidade." Foi o que lhe disseram a vida inteira, enraivecido, Izuku Midoriya decidi tornar-se algo maior. [ universo alternativo ]