Capítulo 2

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Foi para o trabalho tranquilamente.

Dona Chiyo abria a confeitaria, quando chegou.

— Bom dia. — Sorriu para a idosa.

— Bom dia, Sakura. Que bom que está bem. Fiquei tão preocupada.

— Como pode ver, não havia motivo para tanto. Estou firme e forte. Vou colocar o uniforme e já venho ajudá-la.

O movimento foi ficando intenso, com diversos clientes entrando e saindo.

Sakura parecia ansiosa. Cada vez que a porta se abria e alguém entrava, ela suspirava decepcionada.

— Esperando alguém? — a velha perguntou.

— Não. Só achei que uma pessoa poderia aparecer...

— Quem?

— Um turista que conheci ontem. — Deu de ombros.

— Hum, já entendi tudo — zombou Chiyo. — Não se preocupe, vocês vão acabar se encontrando de novo. Se for seu destino...

— Você e essas manias.


O dia passou depressa, sem muitas novidades. Sakura foi para casa às oito em ponto. Jantou com a família e foi se deitar.

Ela sonhou com Itachi e seus olhos vermelhos novamente. Ele era tão sedutor, tão envolvente. Queria beijá-lo mais, senti-lo...

Acordou abruptamente com o despertador tocando.

"De novo isso?", murmurou irritada consigo mesma por ter sonhado com um cara que só vira uma vez na vida. Olhou para a janela. "Vou começar a trancar esse negócio. Não é possível que abriu sozinha... eu fechei!".

Foi para a confeitaria e notou um burburinho de pessoas que passavam. "Agitados desse jeito, só pode ser um assassinato. Odeio esse lugar."

— Bom dia, dona Chiyo.

— Ah, Sakura, bom dia. Ficou sabendo?

— Não, mas já imagino.

— Acharam uma moça. Turista. Na região do antigo castelo.

— Ela esteve lá sozinha?

— Sim. Aparentemente, depois de uma visita em grupo, ela queria voltar à noite para tirar fotos mais assustadoras.

— Pobrezinha. Algum maníaco deve ter... Ai, nem quero pensar!

— Não acredita que o autor tenha sido um vampiro?

— Chiyo! É óbvio que não.

— Ah, menina, eu queria ser como você. Mas dentro de mim, sei que isso é obra de uma criatura maligna.

— Certo, vovó, acredite no que quiser.

A notícia se espalhou rápido. Logo, todo mundo falava sobre o recente ataque do vampiro de Konoha. Sakura não aguentava mais ouvir aquilo.

As pessoas deveriam estar preocupadas em buscar uma solução e encontrar o culpado, mas não, estavam meio eufóricas, especialmente os turistas.

Sakura saiu no mesmo horário. Após um dia cheio, estava cansada.

Fez o mesmo caminho até sua casa, os pensamentos avoados. Foi quando o viu, vindo da direção oposta. O turista, Itachi.

— Oi — cumprimentou sem jeito.

— Olá, Sakura. Que bom te ver. — Ele se aproximou. Sua voz lhe causou um arrepio gostoso.

Ela deu um sorriso bobo.

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