Capítulo 5

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A semana passou de maneira repetitiva. Sakura não vira Itachi e começou a imaginar se ele sabia, de alguma forma, que ela estava se encontrando com Obito.

Todos os dias ela ia ao castelo e reportava seu fracasso em localizar o vampiro.

— Talvez ele saiba — comentou com o mascarado.

— Não podemos desistir. — Suspirou. — Ele não tem atacado ninguém ultimamente. Ou pelo menos, não achamos nenhum corpo.

— E se ele tiver ido embora de Konoha?

— Acho improvável. Ele poderia ter feito isso há anos. Algo o prende aqui.

— O que sugere que eu faça? Estou andando pela cidade, sozinha, toda noite. Minha mãe está dando chilique.

— O lago.

— Hein?

— Volte para o lago. Todas as noites.

— Por quê?

— Imagino que ele voltaria lá... pensando em você. Vocês se beijaram ali, certo? Deve significar algo para ele.

— Acha mesmo?

— Penso que sim. É algo que eu faria.

— O Caçador é sentimental...

— Nunca tive tempo para isso, Sakura. Vivo pela minha missão.

— Ah, me... desculpe — falou sem jeito.

— Não se preocupe. Eu aceitei meu destino. Agora, foco. Vá ao lago e espere por ele. Ficarei vigiando de longe.

— Ele vai saber. Ele pode sentir, pelo que entendi. Naquela noite, ele sabia da sua presença.

— Ele sabe que eu vigio você. Seria estranho se eu não estivesse por lá.

— Tem razão. O que eu digo?

— Que se negou a me ajudar. Seja convincente.

— Tudo bem, vou tentar.

— Vamos embora. Vejo você amanhã.

— Vai me ver a noite toda... Eu é que te verei só amanhã. — Sorriu.

— É. — Deu um leve sorriso. — Estarei de olho em você, mocinha. — Seu tom era brincalhão.

Sakura estava se acostumando com ele. Obito era divertido quando não estava concentrado em suas obrigações, enchendo-a de perguntas sobre o vampiro.

Ele precisava ter absoluta certeza de que ela não deixara escapar algum detalhe, mínimo que fosse.

Sakura voltou ao trabalho. Dona Chiyo era tão fã do Senju que não se importava de emprestar sua funcionária. A história do tal artigo foi mantida, com o pretexto de que este exigia muita pesquisa e muitas entrevistas com o Caçador.

À noite, após chegar em casa, teve mais uma discussão com os pais.

— Eu preciso sair, mãe. Não estarei sozinha.

— É aquele tal de Itachi? Não acha que seria mais seguro ficarem por aqui?

— Onde vocês dois passam tanto tempo juntos? — Kizashi questionou.

— Ficamos conversando na praça. Ele me traz até aqui. Não se preocupem.

— Ah, Sakura, é claro que ficamos preocupados. Mas... ao menos sabemos onde você está.

— Vou ficar bem, mãe, pai, eu prometo.

Mebuki ainda fez alguns protestos, mas Sakura não podia enrolar. Precisava chegar ao lago depressa.

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