Capítulo 8

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No sábado, Obito e Sakura se encontraram novamente.

— Amanhã saberemos onde ele se esconde — disse ao retirar a máscara.

— É — concordou sem ânimo.

— Não fique assim. Até parece que não quer ir.

— Você sabe o que eu quero. Quero os dois livres.

— O que ele acha disso tudo? Contou para ele?

— Ele sempre soube, Obito. Ele sabia que nos encontrávamos. Sabia... de tudo.

— O quê?

— Desculpe. Eu escondi isso de você. Mas... minha pretensão sempre foi proteger vocês dois. Não queria que se matassem.

— Tudo o que me contou... foi ele quem permitiu?

— Sim. Como eu disse antes, ele não te considera uma ameaça. Realmente, não imagino que ele tenha um ponto fraco.

— Mas ele tem — falou sério.

— Tem?

— Você.

— Eu?

— Você é o ponto fraco dele. Eu poderia usar você. Se eu não tivesse me envolvido... — Suspirou. — Eu fracassei.

— Obito, para com isso. Esquece essa missão idiota. Você é mais que só um caçador de vampiros.

— Itachi... ele sabe que...

— Eu disse tudo a ele. Ele sabe dos meus sentimentos por você.

— E ele não quis me matar?

— Ah, ele quis. Mas eu não permitirei que se machuquem. Por fim, ele me prometeu que ajudaria a achar um meio de livrá-los dessa coisa toda.

— Ele concordou em me ajudar?

— Sim. Por mim. Você pode fazer o mesmo?

— Não é tão simples.

— Por que não?

— Olha, apenas continue com o plano. Vá até o covil, faça o que quiser. Eu vou... pensar em tudo.

— Pensa no que eu falei. Podemos nos ajudar. Nós três.

— Não vejo isso dando certo.

— Apenas... pense!

— Tudo bem. Pensarei no assunto — concordou com amargura.

— Ei. — Ela segurou sua mão. — Estamos juntos nessa. — Sorriu.

— Ah, Sakura. Isso é tão complicado.

Ela o beijou com ternura.

— Confia em mim, Obito.

Essas palavras pareceram machucá-lo.

— Não mereço isso.

— Merece. — Passou os dedos pela cicatriz em seu rosto. — Como foi que isso aconteceu?

— Foi um... lembrete do meu pai.

— O quê?

— Algo para eu não me esquecer de quem sou eu e qual o meu lugar.

— Isso é... horrível. Por que ele fez isso? Que tipo de pai...

— Não importa.

— Por que reluta em se abrir comigo?

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