BÁRBARA PASSOS
A mesma pessoa que estava se aproximando se sentou na cadeira na minha frente.
— Por que está chorando? - Era uma voz familiar e eu já sabia quem era.
— O que você quer? - Levantei a cabeça olhando pro Victor. Ele não cansa nunca de encher o meu saco?
— Nada. Só quero saber por que você está chorando e quem te fez chorar. - Pergutou como se ele se importasse comigo.
— Não é da sua conta. Você nem se importa. - Limpei as lágrimas que tinham descido.
— Não gosto de te ver assim. - Falou com uma voz embolada e pegou na minha mão. Olhei nos olhos dele e vi que estava vermelho ao redor.
— Merda. Você se drogou? Meu deus, você está chapado, Victor. É claro que sim, por isso estava se importando tanto. - O Victor não cansa de fazer merda.
— Eu não estou chapado, só fumei um pouco e eu me importo com você, você que não percebe. - Falou se embrulhando nas palavras. – Vamos andar de carro? - Falou se levantando da cadeira e quase caiu.
— Qual é o seu problema? Claramente você está drogado e ainda quer dirigir? ‐ Levantei da cadeira e passei a mão no meu rosto. - Vem, vou te deixar em casa. - Puxei ele pelo braço indo até o carro.
— Pra onde você está me levando? - Perguntou rindo. Ele tava muito louco.
— Eu vou te levar pra casa. - Coloquei ele dentro do carro e sentei no banco do motorista. Eu não sabia muito bem dirigir, somente o básico.
— Foi aquele cuzão do seu amigo que te deixou assim, não é? Ele é um idiota. Deveria se afastar dele. - Ele falou e riu. Ignorei o que ele disse no final.
— A culpa foi minha. - Falei enquanto dirigia.
Continuamos em silêncio.
(...)
Estacionei o carro na frente da casa dele e ajudou ele a descer do carro.
Tirei a chave do bolso dele e abri a porta da casa dele.
— Não tem ninguém na sua casa? - Perguntei olhando ao redor vendo que não tinha nenhum espírito por perto.
— Meus pais vão dormir na casa dos meus avós hoje. - Ele sentou no sofá.
— Ok. Vai tomar um banho. - Falei pra ele.
— Eu estou com sono, Babi. - Falou deitando no sofá.
— Levanta. Você vai tomar banho agora. - Puxei o braço dele e ajudei ele subir a escada até o quarto dele.
— Tira a roupa e entra no box. - Deixei ele no banheiro e sentei na cama dele. Eu não iria dar banho nele.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para a minha mãe avisando que eu iria demorar pra chegar em casa.
Eu não posso deixar ele sozinho aqui, os efeitos da droga duram até 12 horas ou até mais e se eu ligasse pros pais dele ia ferrar tudo.
(...)
Ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e tava bambo, ele não conseguia andar direito.
— Veste essa roupa. - Apontei pra um short que tava na cama que eu achei no guarda - roupa dele.
Ele vestiu e sentou na cama.
— Para de me tratar assim. - Falou com a voz embargada.
— Você está chorando? - Perguntei vendo uma lágrima descer do olho dele. Ele estava chapado, nada que ele fizesse era de verdade.
— Não. - Virou a cara para o outro lado.
Confesso que prefiro o Victor chapado do que quando ele está consciente.
— Por que você se drogou? - Perguntei segurando o rosto dele.
— Eu não sei. Eu fiquei com raiva de ver você com outros e acabei fazendo isso. - Olhou pra mim.
— Outros? Como assim? - Perguntei sem entender.
— Eu não vou com a cara dos seus amigos. - Falou. Ficamos alguns segundos em silêncio. - Senta aqui. - Bateu no lugar vazio da cama e eu sentei ao seu lado.
Eu sei que eu estou sendo burra.
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💮 {Maratona 2/4} 💮
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𝑃𝑂𝑆𝑆𝐸𝑆𝑆𝐼𝑉𝐸 - babictor
Fanfictionfanfic criada dia: 23/08/2020 (em processo) ~ colegial Bárbara Passos é uma garota comum, meiga e esplêndida, totalmente o oposto de Victor Augusto. Frio e explosivo, essas são as duas definições para ele. Ele é tudo de ruim, mas somente ela faz e...