💚 capítulo 01 💚

19.9K 833 828
                                    

VICTOR AUGUSTO

Hoje é o primeiro dia de aula do ano e sinceramente, eu não estava com a mínima vontade de levantar da cama, porém não sou eu que decido isso. Agradeço por esse ser o meu último ano na escola.

Levanto da cama na força do ódio e vou tomar um banho. Assim que entro no banheiro bato a porta com força pra os meus pais verem que eu estou irritado por acordar cedo, e espero que eles não façam nada que me deixe mais puto ainda.

Depois de sair do banho visto minha roupa. Pelo menos a escola não tem essa frescura de ir de uniforme. Visto uma camiseta preta e uma calça.

Eu nem ia tomar café, mas se eu não tomasse minha mãe ia fazer inferno na minha cabeça e eu não estou afim de briga hoje.

Desço pra tomar café.

— Bom dia, filho. - Diz minha mãe tomando um gole do seu café.

— Bom dia. - Digo frio

— Acordou estressado hoje? - Perguntou me olhando sentar na cadeira e fazendo cara de emburrado.

— Sim, infelizmente eu tenho que ir pra escola hoje. - Dou um sorriso muito forçado.

– É o primeiro dia de aula e você ja tá assim? - Tomou outro gole do seu café. Coloquei minhas duas pernas na cadeira que tava vazia e me senti relaxado, o sono bateu de novo. - Vai tomar café! Você já tem 18 anos, Victor. Não precisa ficar esperando eu colocar sua comida. E tira esse pé da minha cadeira, porque se sujar você vai limpar. - Diz mandona, saindo da cozinha e eu reviro os olhos.

— "Quem vai limpar é você" nhen nhen. - Imito ela.

Abro a geladeira e pego o meu pote com palmito, melhor comida da vida e quem não gosta de palmito é burro!

Sentei de novo na cadeira e abri o pote. Meu pai apareceu na cozinha.

— Bom dia pai. - Falei vendo ele. Não entendo o por quê, mas quando meu pai aparece meu estresse parece sumir.

— Bom dia, filhão. - Fala sentando na cadeira - Filho, quando você vai arrumar uma nora pra mim? - Pergunta e eu quase cuspo o palmito na cara dele.

— Porra pai. Parece que não sabe que Victor Augusto não namora. - Falo batendo no meu peito

— Sua mãe ia gostar de ter uma nora. Na verdade ela tá precisando de mais uma mulher na casa pra bater papo e passar o tempo, ela está insuportável. - Disse simples.

— Chama a sua irmã, trás qualquer outra mulher aqui em casa, mas uma namorada eu jamais vou trazer, pode anotar. - Falei firme. Eu não tava mentindo mesmo.

— Sobre o que vocês estão falando? - Minha mãe apareceu atrás passando um batom na boca e no seu braço tava a sua bolsa pendurada.

— Nada não, querida. - Meu pai falou e eu ri.

— Sei. - Falou ajeitando o cabelo - Vamos Victor, não posso demorar muito. - Falou

— Ah mãe, vou com o Arthur hoje. - O Arthur era meu melhor amigo.

— Tudo bem, espero que eu não tenha que ir na escola novamente ouvir as reclamações da diretor dizendo que você não estava presente em nenhuma das aulas. - Quase engasguei quando ouvi isso. Vi meu pai segurando o riso, miserável.

— Pode deixar, mamãe. Vou participar de todas as aulas e irei me comportar. - Falei mudando meu tom de voz pra um mais suave.

— Espero que sim. Tenho que ir agora, estou atrasada. - Dá um selinho no meu pai e eu olho brincalhão com nojo.

— Dá pra parar de fazer isso na minha frente? - Pergunto olhando aquela cena horrorosa.

Minha mãe vem até mim, revirando os olhos e beija minha testa. Logo em seguida saí.

— Filho, o que acha de chamar o Arthur para assistir o jogo de futebol com a gente? Uma pipoquinha, aquela cervejinha... - Fala meu pai e eu assinto.

— Beleza, falo com ele depois. Vou nessa, pai. - Dou um murrinho na mão dele e saio.

Fecho a porta de caso e vejo o Arthur vindo na minha direção.

— Eai, irmão. - Falo apertando a mão dele

— Eai, cara. - Retribui o aperto

(...)

Chegamos na escola um pouco atrasado e vejo que está bem lotada. Primeiro dia é sempre assim.

Olho pra todos os lados e vejo que tem vários novatos.

Olho mais pra frente e vejo os meus amigos sentados em uma mesa. O Marcos, Samuel e Gabriel. Vou junto com o Arthur e sento do lado deles.

— Eai. - Passo a mão no meu cabelo

— Fala Victor. - Bato na mão do Samuel.

— Tá todo mundo falando de um tal de Gilson dizendo que ele é o maior gostosão. - Gabriel fala revirando os olhos

— Mais gostoso que eu impossível. - Falo simples. Mentindo eu não estava.

— Autoestima alta que fala, né? - Foi a vez do Arthur falar.

— Autoestima alta? É a verdade caralho - Falei - Você aposta quanto que eu pego aquela loirinha que tá passando pelo corredor agora? - Falei apontando pra loira que parecia ser novata

— Aposto cem reais. - Estendeu a mão.

— Apostado. - Apertei a mão dele

𝑃𝑂𝑆𝑆𝐸𝑆𝑆𝐼𝑉𝐸 - babictor Onde histórias criam vida. Descubra agora