VICTOR AUGUSTO
Hoje é o primeiro dia de aula do ano e sinceramente, eu não estava com a mínima vontade de levantar da cama, porém não sou eu que decido isso. Agradeço por esse ser o meu último ano na escola.
Levanto da cama na força do ódio e vou tomar um banho. Assim que entro no banheiro bato a porta com força pra os meus pais verem que eu estou irritado por acordar cedo, e espero que eles não façam nada que me deixe mais puto ainda.
Depois de sair do banho visto minha roupa. Pelo menos a escola não tem essa frescura de ir de uniforme. Visto uma camiseta preta e uma calça.
Eu nem ia tomar café, mas se eu não tomasse minha mãe ia fazer inferno na minha cabeça e eu não estou afim de briga hoje.
Desço pra tomar café.
— Bom dia, filho. - Diz minha mãe tomando um gole do seu café.
— Bom dia. - Digo frio
— Acordou estressado hoje? - Perguntou me olhando sentar na cadeira e fazendo cara de emburrado.
— Sim, infelizmente eu tenho que ir pra escola hoje. - Dou um sorriso muito forçado.
– É o primeiro dia de aula e você ja tá assim? - Tomou outro gole do seu café. Coloquei minhas duas pernas na cadeira que tava vazia e me senti relaxado, o sono bateu de novo. - Vai tomar café! Você já tem 18 anos, Victor. Não precisa ficar esperando eu colocar sua comida. E tira esse pé da minha cadeira, porque se sujar você vai limpar. - Diz mandona, saindo da cozinha e eu reviro os olhos.
— "Quem vai limpar é você" nhen nhen. - Imito ela.
Abro a geladeira e pego o meu pote com palmito, melhor comida da vida e quem não gosta de palmito é burro!
Sentei de novo na cadeira e abri o pote. Meu pai apareceu na cozinha.
— Bom dia pai. - Falei vendo ele. Não entendo o por quê, mas quando meu pai aparece meu estresse parece sumir.
— Bom dia, filhão. - Fala sentando na cadeira - Filho, quando você vai arrumar uma nora pra mim? - Pergunta e eu quase cuspo o palmito na cara dele.
— Porra pai. Parece que não sabe que Victor Augusto não namora. - Falo batendo no meu peito
— Sua mãe ia gostar de ter uma nora. Na verdade ela tá precisando de mais uma mulher na casa pra bater papo e passar o tempo, ela está insuportável. - Disse simples.
— Chama a sua irmã, trás qualquer outra mulher aqui em casa, mas uma namorada eu jamais vou trazer, pode anotar. - Falei firme. Eu não tava mentindo mesmo.
— Sobre o que vocês estão falando? - Minha mãe apareceu atrás passando um batom na boca e no seu braço tava a sua bolsa pendurada.
— Nada não, querida. - Meu pai falou e eu ri.
— Sei. - Falou ajeitando o cabelo - Vamos Victor, não posso demorar muito. - Falou
— Ah mãe, vou com o Arthur hoje. - O Arthur era meu melhor amigo.
— Tudo bem, espero que eu não tenha que ir na escola novamente ouvir as reclamações da diretor dizendo que você não estava presente em nenhuma das aulas. - Quase engasguei quando ouvi isso. Vi meu pai segurando o riso, miserável.
— Pode deixar, mamãe. Vou participar de todas as aulas e irei me comportar. - Falei mudando meu tom de voz pra um mais suave.
— Espero que sim. Tenho que ir agora, estou atrasada. - Dá um selinho no meu pai e eu olho brincalhão com nojo.
— Dá pra parar de fazer isso na minha frente? - Pergunto olhando aquela cena horrorosa.
Minha mãe vem até mim, revirando os olhos e beija minha testa. Logo em seguida saí.
— Filho, o que acha de chamar o Arthur para assistir o jogo de futebol com a gente? Uma pipoquinha, aquela cervejinha... - Fala meu pai e eu assinto.
— Beleza, falo com ele depois. Vou nessa, pai. - Dou um murrinho na mão dele e saio.
Fecho a porta de caso e vejo o Arthur vindo na minha direção.
— Eai, irmão. - Falo apertando a mão dele
— Eai, cara. - Retribui o aperto
(...)
Chegamos na escola um pouco atrasado e vejo que está bem lotada. Primeiro dia é sempre assim.
Olho pra todos os lados e vejo que tem vários novatos.
Olho mais pra frente e vejo os meus amigos sentados em uma mesa. O Marcos, Samuel e Gabriel. Vou junto com o Arthur e sento do lado deles.
— Eai. - Passo a mão no meu cabelo
— Fala Victor. - Bato na mão do Samuel.
— Tá todo mundo falando de um tal de Gilson dizendo que ele é o maior gostosão. - Gabriel fala revirando os olhos
— Mais gostoso que eu impossível. - Falo simples. Mentindo eu não estava.
— Autoestima alta que fala, né? - Foi a vez do Arthur falar.
— Autoestima alta? É a verdade caralho - Falei - Você aposta quanto que eu pego aquela loirinha que tá passando pelo corredor agora? - Falei apontando pra loira que parecia ser novata
— Aposto cem reais. - Estendeu a mão.
— Apostado. - Apertei a mão dele
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𝑃𝑂𝑆𝑆𝐸𝑆𝑆𝐼𝑉𝐸 - babictor
Fanfictionfanfic criada dia: 23/08/2020 (em processo) ~ colegial Bárbara Passos é uma garota comum, meiga e esplêndida, totalmente o oposto de Victor Augusto. Frio e explosivo, essas são as duas definições para ele. Ele é tudo de ruim, mas somente ela faz e...