𝑃𝑂𝑆𝑆𝐸𝑆𝑆𝐼𝑉𝐸 - babictor

💚 capítulo 10 💚

BÁRBARA PASSOS

Eu sou muito burra de estar aceitando o convite dele?

Eu não conheço o Victor muito bem, mas ele foi bem babaca. Não sei o motivo, mas me sinto extremamente atraída por ele. O fato de ele ter mudado de conversa muito rápido foi muito estranho. Com certeza ele só quer me pegar e largar, assim como faz com todas as garotas, mas eu não quero fazer parte disso. Vou como colega, nada além disso.

Ok, a primeira coisa que eu tenho que fazer é falar com minha mãe. Não quero ter que mentir pra minha mãe novamente. Hoje ela tá de folga então com certeza ela deve estar lá em baixo.

Desci e ela tava no sofá assistindo tv.

— Oi mãe, você tá tão linda hoje? Quer um café? Alguma coisa? - Bajulei ela.

— Lá vem. Diz o que você quer logo - Falou me olhando sentar ao lado dela.

— Nada demais. Só queria perguntar pra senhora se eu podia ir numa festa. - Dei um sorriso. Ela me olhou pensativa e disse:

— Onde? Que festa? Com quem você vai? - Me encheu de perguntas.

— É uma festa do amigo de um colega meu da escola. Esse daqui. - Mostrei o instagram do Victor pra ela.

— Ele é o filho de uma amiga minha. Vocês estão saindo? - Quase engasguei quando ela perguntou isso.

— NÃO! - Falei alto - Nós somos colegas, nada além disso, mãe.

— Sei...vou deixar você ir, mas não volte tão tarde. - Falou e eu dei um sorrisinho. Eu tava "comemorando" por estar "saindo" com aquele idiota?

— Tá bom mãe, vou me arrumar. - Dei um beijo na bochecha dela e subi pra me arrumar.

Tomei meu banho, penteei meu cabelo e depois sequei ele.

Passei uma hora tentando escolher uma roupa. Se eu pudesse iria de calça e moletom, mas eu iria parecer muito desleixada, afinal é uma festa. Peguei uma saia qualquer e um cropped.

Achei meio curta a roupa que eu estava usando, estava mostrando muita pele. Mas acho que gosto de mudar um pouco meu visual.

Passei um gloss, só para não ficar com a cara tão vazia.

Depois que eu me arrumei, desci e fiquei esperando. Confesso que eu tava com um pouco de frio na barriga, mas ele só vai me deixar em uma festa, por que eu estou assim?

{...}

Depois de alguns minutos eu ouço uma buzina e deduzo ser ele. Dou um beijo na testa da minha mãe e saio.

                       . 《           》 .

VICTOR AUGUSTO

Vi ela saindo da casa dela e vindo até o carro que eu tava.

Caralho, ela está...gostosa. Nunca notei que a Bárbara era tão bonita assim.

— Oi - Ela entra no carro e senta no banco do passageiro.

— Oi. - Falo sério. - Você vai assim? - Pergunto olhando ela de cima a baixo.

— Sim, tô tão feia assim? - Pergunta e olha pro retrovisor.

— Não, você tá bem gos...digo, bonita. - E ela me olha com uma cara de espanto  - Toma cuidado com o frio lá fora. - Olhei pras pernas dela que estavam cobertas até metade da coxa.

— Eu gosto de frio. - Deu um sorriso de lado.

Do nada bateu uma vontade louca de agarrar ela dentro do carro. Mas o que eu estou pensando?

— Não sabia que sua mãe era amiga da minha mãe. - Ela quebrou o silêncio que estava entre nós.

— É, fiquei sabendo a pouco tempo também. Sua mãe falou de você.

{...}

Chegamos na casa do Arthur e de fora já conseguiamos ouvir a música alta.

Entramos na casa dele e eu nunca tinha visto tanta gente junta na minha vida.

"Aprensentei" ela pros meninos e ela foi super simpática com eles.

Puxei ela pra um canto onde não tinha tanto barulho.

— Quer beber alguma coisa? - Perguntei e ela ficou meio indecisa. - Vem. Eu te mostro algumas bebidas. -

Puxei a mão dela até um balcão onde estava as bebidas e tinha um barman servindo as mesmas. Ele tava olhando demais pra ela e isso já tava me deixando desconfortável, ela é tão inocente que nem percebeu.

Eu não posso surtar agora. Mas o cara tá assediando ela, na minha frente. É impossível ficar quieto.

— Algum problema? - Perguntei querendo dá um murro na cara desse imbecil.

— Não, só tô apreciando a vista. - Ele falou olhando pro corpo da Bárbara e quando ela ouviu ele falar isso ficou extremamente desconfortável. Esse cara só pode estar brincando.

— Você tá louco? Respeita ela. - Fui na direção dele e eu tava com muita vontade de esbagaçar a cara desse filho da puta.

— Victor, não! Para com isso, deixa pra lá. - Puxou meu braço

— Me solta, Bárbara! Quem é você pra dizer o que eu devo fazer? - Perguntei e a raiva já tinha tomado conta de mim.

— Eu não sou ninguém, nem muito menos sua amiga, porém não vou deixar você bater na cara desse nojento por mais que mereça. - Ela me puxou pra algum lugar mas eu não conseguia tirar meus olhos daquele inúltil, só queria ter certeza de que ele não estava olhando pra ela, porque se tivesse eu iria quebrar os dentes dele.

Eu não sei explicar o que eu tô sentindo. O toque dela me fez ficar mais calmo.

Só agora percebi que a gente tava subindo as escadas indo pra um quarto.

Entramos no quarto e ela fechou a porta.

— Senta aí. - Me empurrou na cama. - Você ficou louco? - Perguntou me olhando incrédula.

— Eu só tava te defendendo...- Tentei me explicar.

— Obrigada, mas eu não preciso que você me defenda! - Falou

— Ok, desculpa. Não vou  me intrometar na sua vida. - Pedi desculpas e vi ela passando o braço por cima do seu top como se tivesse escondendo. Ver isso me deixou com mais raiva ainda, mas tentei me controlar. - Quer minha jaqueta? - Perguntei e ela assentiu. Dei a minha jaqueta pra ela e ela vestiu.

— Você quer ir embora? Eu te deixo em casa, se você quiser. - Falei.

— Se eu for pra casa a minha mãe vai perguntar o motivo de eu ter voltado cedo, e eu não quero falar disso pra ela. A gente pode ir pra outro lugar? - Perguntou e eu assenti.

Saímos da festa. Decidimos ir na praia. É, exatamente. Sei que estava de noite, mas acho que seria um lugar pouco movimentado...

Chegamos lá e ficamos sentados na areia conversando por um tempo. Do nada ela se levantou, largou a minha jaqueta que ela tava vestindo e saiu correndo em direção ao mar.

— O que você tá fazendo? - Perguntei confuso.

— Você achou que eu iria vir pra praia e só ficaria olhando o horizonte? - Continuou correndo.

Tirei minha blusa e fui correndo atrás dela.