💚 capítulo 35 💚

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VICTOR AUGUSTO

Depois que a Bárbara foi embora, eu decidi ir para casa.

Por mais que nós não tivemos tanto tempo juntos hoje, foi especial e não posso negar que quando estou com ela sinto algo diferente em meu coração. Desde esse dia eu comecei a perceber e aceitar que a presença dela na minha vida me fazia bem e eu precisava disso, mais e mais.

Não quero ser esse babaca e idiota com ela, ela é uma garota incrível e me arrependo das merdas que eu pensei e falei pra ela.

Ela nunca me perdoaria se acabasse descobrindo sobre a aposta e ela teria razão, porque eu fui um idiota quando aceitei participar disso. Não achei que eu fosse me apaixonar.

Não tenho coragem de falar a verdade para ela, não agora que estamos indo bem, porque sei que ela nunca mais olharia na minha cara e eu não quero isso, de forma alguma.

– Onde você estava? - Saio dos meus devaneios, com minha mãe sentada no sofá me olhando abrir a porta.

– Na casa da vovó. - Respondo e paro na sua frente.

Ela me olha confusa.

Desde que minha vó faleceu, nós nunca mais pisamos naquela casa. E hoje foi a primeira vez que eu fui depois de anos e levei alguém.

– Peguei algumas coisas. Tem uns porta-retratos no carro. - Digo, deixando a chave em cima da mesa e subindo as escadas, paro na metade e ouço minha mãe me chamar.
– Sua psicóloga me ligou e perguntou o motivo de você ter faltado todas as sessões. - Diz rude e eu coloco a mão na cabeça. Merda. – Você mentiu para mim de novo, Victor. Disse que estava se saindo muito bem nas sessões e inventou que estava doente para a psicóloga. - Minha mãe fala com um tom alto.

Permaneço calado.

– Não vai falar nada? - Pergunta e apenas respiro fundo. – Até quando vai continuar mentindo para mim e para seu pai? - Faz uma pausa. – Você não toma os seus remédios como deve, faz o que você quer e na hora que quer. Como você quer melhorar desse jeito? Você sabe que nada disso é bom para você. - Ela diz e concordo com a cabeça. Sei que ela estava certa. – Você não é mais uma criança, não pode continuar com esse comportamento. Não pode surtar por qualquer motivo e sair quebrando as coisas por aí ou batendo em pessoas, isso não vai resolver. Eu sou sua mãe. Preciso que você confie em mim para tudo e preciso que saiba que se você tiver qualquer problema, eu estarei aqui para te ouvir e para te aconselhar, filho. - Ela diz suspirando e pela primeira vez na vida, eu concordo com tudo que ela diz.

– Desculpa, mãe. Eu prometo que vou tentar melhorar. Posso ir agora? - Pergunto, segurando no corrimão da escada. Ela assente e volta a ler o seu livro. Subo para o meu quarto.

Eu sei que não sou um bom filho e me arrependo de muitas coisas que eu fiz. Mas não consigo me controlar e sei que já machuquei e vou acabar machucando muitas pessoas ao longo do meu caminho. 

{...}

Fiquei sabendo que na próxima semana irá ter uma viagem escolar.

Acampamento, trilha, festa na fogueira e blá blá blá.

Isso é sério? É claro que não vou participar de uma coisa dessas.

Sinceramente, vai ser entediante.

Vamos ser monitorados pelos professores 24 horas por dia. Tem coisa mais chata que isso?

E claramente não é permitido bebida alcólica. Como vamos fazer uma festa na fogueira sem bebida?

A possibilidade de eu mudar de ideia é de 0%.

         
BÁRBARA PASSOS

– Eles vão dormir aqui esta noite. - Minha mãe fala se referindo ao meus primos.

Meu Deus. Não é possível. Eu vou ter que aguentar dois pirralhos um dia inteirinho?

– Tudo bem. Nada melhor que isso. - Dou um sorriso forçado para os 2 meninos á minha frente.

Minha mãe avisou que iria dar uma saída e que era para eu tomar conta dos garotos.

Tive a brilhante ideia de assistir um filme. Tudo bem que eu odeie filmes infantis, até porque tem uma criança na minha sala, mas é só por um dia.

– Podem escolher o filme, enquanto eu faço a pipoca. - Entreguei o controle para o Arthur e fui até a cozinha.

Peguei uma pipoca de microondas mesmo, é mais rápido e prático.

Voltei para a sala com dois baldes de pipoca e sentei no meio dos dois.

– Já escolheram? - Pergunto comendo um pouco da pipoca.

– Sim. Esse aqui. - Olho para a televisão e quase engasgo com a pipoca.

– Esse filme não é para sua idade, Arthur. - Dou uma risada olhando para o visor da televisão. 50 tons de cinza. Esquece a parte que eu disse sobre filmes infantis.

– Não tem problema, eu quero esse mesmo. - Arthur insiste. Olho para Lucas pedindo uma ajuda e ele apenas me olha dando risada.

– Que tal a gente assistir procurando nemo? - Pergunto tomando o controle de sua mão.

– Não gosto desse filme. - Ele diz resmungando e cruzando os braços.

– Vai ser esse mesmo. - Clico no play e ouço ele dar mais algumas resmungadas.

Meia hora de filme tinha se passado e eu capotei.

Acordei e a televisão ainda estava ligada, porém não tinha mais ninguém na sala.

Onde eles se meteram?

Procuro pelo meu celular mas não acho.

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Autora: oiiii seus lindos e lindas, como vocês estão?

primeiramente queria me desculpar por ter ficado algumas semanas sem postar, fiquei uns dias sem internet e não estava conseguindo escrever nada.

me perdoem pelo capítulo curto e sei que não é um dos melhores que eu já escrevi, mas prometo trazer melhores.

batemos 55K aqui e nem sei como agradecer por tudo isso que está acontecendo e por toda a felicidade que vocês estão me proporcianando. estamos crescendo muito rápido e sou grata a cada um de vocês. obrigada, vocês são incríveis. 🎊

amo vocêss demais 💖💖💖

𝑃𝑂𝑆𝑆𝐸𝑆𝑆𝐼𝑉𝐸 - babictor Onde histórias criam vida. Descubra agora