treze.

71 10 2
                                    

Acabara de me separar de Nathan, devido ao meu telemóvel estar a tocar. Retiro-o do meu bolso e leio o nome da minha mãe.

“Estou?” Digo assim que atendo.

Querida, tenho uma má notícia para te dar.” A minha mãe começa por dizer.

“Que se passa, mãe?”

A Stacey, querida----

Interrompo-a. “A Stacey o quê?” Pergunto assim que me levanto.

Ela está no hospital. Ela precisa de um transplante de médula óssea.” Sinto que o meu mundo acabou de desabar novamente. “Preciso que venhas até ao hospital para ver se és compatível. O Ashton, já se encontra a caminho.” Ela avisa-me.

“Estou já aí.” Digo e logo desligo.

Não digo nada a Nathan e apenas ando num passo apressado até ao meu carro, onde pouco depois tenho a Mel e o Nathan atrás de mim.

“Fala connosco, Blake.” Melissa pede.

“Eu tenho de ir para o hospital, Mel.” Digo e entro no carro.

“Hospital?!” Nathan questiona. “Porquê?”

“A Stacey precisa de um transplante de médula óssea e eu tenho de ver se sou compatível para salvar a minha irmã.” Digo e ligo o carro. “Arranja alguém que te leve a casa, Mel, por favor.”

“Não te preocupes comigo.” Ela diz. “Força.” Um pequeno sorriso floresce nos seus lábios.

“Queres que vá contigo?” Nathan pergunta.

“Não te preocupes, eu fico bem e vou bem sozinha.” Descanso-o, acho eu. “Vemo-nos mais logo.” Dou-lhe um suave beijo nos lábios e logo arranco.

Durante a viagem de carro, só pensava na possibilidade de não ser compatível à Stacey e essa possibilidade, estava a destruir-me na verdade. E com isto tudo, a nossa família vai reunir-se. Porquê que tem sempre de ser nos maus momentos? Porque não nos bons? E sinceramente, não estou preparada para enfrentar o meu pai. Aquele homem alguma vez fora meu pai? Se foi, nunca agiu como tal.

Acabara de chegar e assim que chego à sala de espera, vejo Esme a chorar abraçada à minha mãe. O meu pai reparou na minha presença e caminhou um pouco até mim.

“Blake----”

Corto-o. “Nem me dirijas a palavra. Tem vergonha.” Digo e logo sigo até junto delas.

Esme abraçou-me como nunca antes tinha feito. Abraço-a também, só para não tornar as coisas mais esquisitas do que na verdade já são. Uma enfermeira acompanhou Ashton até à sala de espera e assim que Esme me largou, caminhei até à enfermeira e segui ao seu lado.

Entramos numa sala, onde a enfermeira que mostrava ser simpática e não tão cabra como aquelas que já trataram de mim quando tinha as minhas recaídas, pediu para me sentar e assim que me sentei, explicou-me ao que consiste o teste. Tirei a minha camisola e atei o meu cabelo lilás. Pouco depois, sinto uma picada no elo das costas e quando acaba de tirar o líquido, sinto-a a retirar a seringa e logo coloca um pequeno penso.

“Estás pronta, querida.” Ele diz com um pequeno sorriso nos lábios.

Apenas anuí a cabeça e assim que visto a minha camisola, retiro-me daquela sala. Sento-me junto de Ashton, assim que chego à sala de espera. Ele enrola os seus braços à volta do meu corpo e deposita um suave beijo na testa.

“Ela vai ficar bem.” Ele diz, enquanto abanava a sua cabeça. “Nós vamos conseguir salvá-la, Blake.”

As lágrimas já invadiam o meu rosto. Nos últimos tempos, ela tem estado sempre comigo e nunca me apercebi que ela estava doente. Ela tem uma enorme força e com a sua felicidade, consegue qualquer mal de mim. Qualquer demónio.

my salvation.Where stories live. Discover now