24 Almoço de domingo

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Com a vitória do Flamengo sobre o Coritiba, as coisas em casa esquentaram um pouco. Pedro e eu , bebemos três garrafas de vinho e só lembro depois de ver nossas roupas espalhadas pela casa e um sexo diferente do habitual, se bem que nem sempre era a mesma coisa, mas o dessa vez foi algo mais agressivo.

Acordei com um lado de meu corpo em cima do jogador, que já estava acordado, pois senti sua mão fazendo carinho em minha cabeça.

- Bom dia.- ele disse com a voz rouca.- sente dor de cabeça?

- Por incrível que pareça não.- falei o abraçando.

- A minha tá latejando.

- Por que não tomou um remédio?

- Não queria levantar e te acordar.

- Pedro se preocupa com meu sono não, tinha que ter levantado.- falei preocupada.

Me levantei e peguei a camisa dele que estava no chão, para me vestir.

- Fica aqui, vou ver se encontro algum medicamento pra você tomar.- falei após lhe dar um beijinho.

- Tá bom.

Fui até a caixa de remédios que fica na cozinha e procurei um comprimido não muito forte,mas que fizesse efeito. Coloquei água do filtro em um copo e fui para o quarto.

- Aqui.- entreguei o medicando e a água ao jogador.

- Obrigado amor.

Era a primeira vez que ele me chamava de amor, fiquei toda derretida.

- De nada amor, vou preparar nosso café e ir arrumando o apartamento, a gente fez uma zona aqui.

- Deixa aí, amanhã minha secretária arruma.

- Posso arrumar, não vai me custar nada.

Ele murmurou alguma coisa que não entendi e eu saí do quarto.

Assisti um vídeo no YouTube de como usar a cafeteira de Pedro, tive medo de danificar o eletrodoméstico. Até que foi fácil, pelo menos já aprendi. Tinha umas torradas no armário e queijo na geladeira, uni os dois, levando ao microondas por três minutos e pronto, já tinha meu café da manhã. Arrumei tudo bonitinho em uma bandeja e me equilibrando fui para o quarto.

- Está melhor?- perguntei.

- Aliviou mas não passou.

- Trouxe café, não quer tomar um pouco? Vai que a cafeína ajuda.

- Quero sim.

Ele se sentou fazendo um drama, parecia que tava quase morrendo.

- Homens são tão dramáticos.- falei sorrindo.

- Gosto de ser mimado.

- Já percebi, quer café na boquinha meu bem?

- Se não for um incômodo.- ele sorriu.

- Mereço.- sorrir de lado e peguei a xícara dele.- abre a boquinha vai.

Nosso café foi muito divertido, ainda mais com Pedro agindo como se fosse uma criança mimada. Depois, recolhi a bagunça que havíamos feito e mandei que ele tomasse um banho frio, para despertar e a dor de cabeça passar.

Arrumei a bagunça que estava no apartamento, para não acumular serviço para a secretária que viria no dia seguinte, não quis que ela pensasse que eu era uma qualquer que vinha fazer bagunça e deixa tudo para ela.

- Amor, minha mãe me chamou pra almoçar lá em casa.- Pedro apareceu na sala com a toalha enrolada em sua cintura.

- Vai ué.

Salvação// Pedro Guilherme✅Onde histórias criam vida. Descubra agora