38 Nossa casa

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Já eram cinco dias sem ver meu namorado pessoalmente, desde que ele viajara no domingo para o jogo que teve em Goiás e de lá foi para Brasília por conta de outro jogo. Estava morrendo de saudade de ficar abraçadinha com ele.

- Boa sorte no jogo, vou estar aqui na torcida.

Pedro e eu estávamos na chamada de vídeo, meu namorado estava dentro do ônibus a caminho do estádio.

- Vai conseguir assistir?

- Acho que consigo assistir o segundo tempo.

- Tudo bem, é provável que eu só entre no segundo tempo mesmo.

- Vai lá e faz o que você sabe fazer de melhor, confio em você meu amor.

- Obrigado pelo incentivo, eu amo você.

- Eu te amo também, tô com saudades.

- Faz essa carinha não amor, quando você menos esperar, já estou de volta no nosso apartamento.- Pedro sorriu fechando os olhos, tão lindo.- A propósito, você vai pra lá hoje não é?

Desde o convite para morar com ele, Pedro se refere ao apartamento como "nosso", até gosto, porque isso mostra que ele me inclui nos planos dele.

- Hoje não, tenho que estudar para a prova lembra? Meus materiais estão no apartamento de Sabrina.

O sorriso de Pedro desapareceu.

- Fico menos preocupado quando você estar no apartamento, segura.

- Não se preocupa, quando você chegar vou pra lá, vamos ficar juntinhos, terminar de assistir cobra kai e comer pipoca, que tal?

- Gostei, fazer o que né? Não posso fazer muita coisa daqui.

- Você não assistiu cobra Kai sem mim não é?

- Não amor, não prometemos só assistir quando desse pra nós dois?

- Sim.

- Então pronto.

Gerson apareceu ao lado de Pedro, tomando um de seus fones sem fio e colocando na própria orelha.

- Oi Debs, ainda no trabalho?- o meia estava bem felizinho.

- Sim, mas quase saindo.

- Que bom, espero que você e a Sabrina consigam ver nosso show.

- Confiante né?- brinquei.

- Demais, beijos Debs, espero que você inspire esse rapaz.- e deu um tapa no ombro de Pedro.

Gerson devolveu o fone do meu namorado e saiu.

- Amor, acabamos de chegar aqui, vou ter que desligar.

- Tudo bem, boa sorte, te amo.

- Te amo.

Guardei o celular e voltei a ajudar Sabrina na arrumação da loja para a fechar. Só resta nós duas, já que nossa chefe, agora sai mais cedo devido ao seu novo mestrado.

- Hoje eu só queria tomar uma cervejinha e comer uma porção enorme de torresmo.- Sabrina disse passando a língua nos lábios.

- Mas você não pode.- a barrei.

- Na verdade não sabemos.- ela respondeu dando de ombros.

- já disse pra você comprar a porra de um teste e tirar logo essa dúvida, não sei o que está esperando.

- A coragem de contar pro Gerson.

- Cadê a mulher corajosa que eu conheci? A Sabrina que eu conheço já teria feito o teste e jogado na cara do Gerson e ainda falaria assim: toma que é teu.

Salvação// Pedro Guilherme✅Onde histórias criam vida. Descubra agora