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Aquele era um lugar lindo, repleto por detalhes caros e delicados. As flores alí encantavam mais que qualquer outra coisa, porém havia um jovem rapaz do lado oposto daquele grande salão com a atenção voltada para a flor mais linda da primavera.
Dois olhares únicos naquele lugar tornava tudo mais brilhante.

Porém, ao som de uma voz alta, foi declarado que o passado iria tentar apagar o brilho que aqueles dois estavam reluzindo.

Muitos foram anunciados, entre eles,
os sobrenomes Kim e Kang, exibindo assim uma rivalidade que já dura há muitos anos.

Os sorrisos foram substituídos naquele exato momento por olhares não de tristeza, tampouco de raiva, mas sim de desespero.

Ao som da palavra "COMECEM" o barulho tornou-se insuportável, gritos eram inevitáveis. Mas para o belo "príncipe" e para a linda "flor" o silêncio que os pairava não podia ser afetado pelo ódio alí presente. Ainda naquele momento eles não conseguiam desviar o olhar.

Foi como se o mundo estivesse mudo e o único barulho que continuou foi o som de seus corações.

O brilho do olhar daqueles dois foi ofuscado pelas jóias do leilão, tais essas que não eram só raras, mas também muito valiosas;
Afinal, as duas famílias mais poderosas da cidade se faziam presentes em um mesmo local, então, era previsto que um tentaria superar ao outro, incansávelmente.

Os valores eram altíssimos, e iriam aumentar o quanto fosse necessário. Em um certo ponto, apenas duas pessoas insistiam em debater preços. Quem daria mais?

— Dou 17.000.000.000 milhões! - O Sr. Kim Dae-Ho afirmou, já sem paciência, enquanto levantava-se de sua cadeira, batendo a palma de sua mão contra a mesa, com toda a sua força, deixando assim o seu ódio transparecer.

As pessoas, assim como a imprensa, se viram impressionadas com tal atitude.
Um pequeno sorriso vitorioso floresceu no canto dos seus lábios, ao perceber tamanha repercussão que ele havia causado.
Porém, do lado oposto onde ele se encontrava, alguém havia se enfurecido com aquilo.

Alguém dá mais? – Essas palavras eram repetidas com freqüência, enquanto duas pessoas se encaravam enfurecidas.

Por uma ação impulsionada, outro homem levantou-se;

— Dou 20.000.000.000. milhões pelas jóias. – Ele ergueu uma sobrancelha, encarando o seu rival.

O Sr. Kim jamais deixaria aquilo daquela maneira, então resolveu rebater. Sorrindo com irônia, ele ajeitava sua gravata, qual tinha um valor execivamente elevado, que poderia ser o dobro do valor de parte dos trajes daqueles alí presentes.

— É só isso que pode oferecer? – O Sr. Kim debochou, ficando sério. — Vamos acabar com essa palhaçada. – Afirmou, colocando suas mãos nos bolsos. — Dou 24. 000.000.000. milhões – Ele ergueu sua cabeça de maneira esnobe, enquanto olhava a expressão de cada uma das pessoas. Após observar todos no salão, ele olhou novamente para a família Kang.

Um enorme nó seu formou na garganta do Sr. Kang Bon-Hwa, enquanto a esposa do mesmo olhava para ele, furiosa e apreensiva, esperando alguma reação de seu marido;

A contagem aconteceu, e o Sr. Kang não abriu sua boca para absolutamente nada. Ele cerrou os seus punhos, ao ouvir a palavra "vendido" ser dita com euforia, acompanhada por uma sequência interminavel de palmas.

— Vamos embora. – A Sra. Kang Saeron ordenou, após alguns segundos alí sentada. Ela não estava nem um pouco interessada em toda a cena de pessoas bondosas que os Kim fariam dalí para frente; a mulher levantou-se pegando sua bolsa, e começou a caminhar, fazendo barulho com os seus saltos, a cada passo que dava. Logo em seguida, o marido a seguiu.

No entanto, Kang Jae-Hwa, a filha dos dois, ficou para trás, sentada naquela mesa, assistindo de longe, a família dos Kim. Observando principalmente e especialmente um único rapaz. Tal esse que, ao perceber que estava sendo observado por ela, acabou por retribuir o olhar, com a mesma intensidade.

Sensações e sentimentos foram manifestados, e só pela troca de seus olhares, eles sabiam que tudo aquilo não poderia terminar bem.

Jae Hwa soltou um suspiro, antes de levantar-se, e ir atrás de seus pais. Ela os alcançou sem dificuldade, e os três iam rumando a saída juntos, mas certa provocação foi capaz de fazer a família parar de caminhar;

— Vocês nunca aprendem, não é? – Tal afirmação, feita pelo Sr. Kim Dae-Ho, fez com que os três se virassem lentamente na direção do homem. Dois deles com o ódio explícito em seus olhares. — Não se pode vencer os Kim. – Ele riu olhando para o casal. — Achei que já tivessem entendido isso.

A Sra. Saeron abriu sua boca para lhe responder, porém, a chegada dos outros dois membros da família Kim interrompeu.

— O que faz aqui, querido? – A esposa do homem, Sra. Kim Beo-Deul, indagou assim que se aproximou, logo em seguida, olhou com desprezo para os outros três.

— Só esclarecendo algumas coisas. – Afirmou, e sorriu levemente para a esposa. Depois, olhou para o seu filho, esse que segurava as jóias do leilão, que agora pertenciam á eles.

O rapaz que segurava a caixinha que guardava as duas jóias não parecia ter o menor interesse nas mesmas, seu olhar e sua atenção estavam presos á outra coisa, melhor dizendo, a outra pessoa. Aquela garota sim parecia ser a jóia mais bela e cara já existente.

— Oh, você não perde tempo mesmo, não é, Jin? – O citado finalmente parou de olhar para a filha dos Kang, e desviou o seu olhar, tentando disfarçar. — Vejamos... – Foi até o rapaz e lhe tomou a caixinha que ele segurava.

O homem abriu a pequena caixa preta, e deparou-se com dois anéis.
Joias essas que exibiam um brilho reluzente e único. Eram como várias estrelinhas juntas;

— Waw... – Jae-Hwa não pode conter-se, sentido-se hipnotizada pela beleza, delicadeza e brilho dos anéis. Assim, recebeu olhares críticos, não só dos seus pais, mas também do Srs. Kim. Isso a fez abaixar sua cabeça, e não perceber que uma unica pessoa sorriu, minimamente por sua espontânedade.

— É... Eu posso ficar com eles? – O filho dos Kim indagou fazendo seu pai rir.

— Claro. – Ele entregou as jóias ao seu filho.

— Já conseguimos o que queríamos, afinal. – Kim Beo-Deul afirmou, agarrando o braço de seu marido.

— Sempre conseguimos. – O Sr. Kim cantou vitória. Deixando claro que o objetivo deles alí não era ser caridoso, e também não era comprar os anéis, mas sim vencer dos Kang, a qualquer custo. Dinheiro não seria o problema. — Agora, vamos indo.

— Aproveitem a festa. – Beo-Deul debochou, dando-lhes as costas, junto de seu marido.
Já SeokJin, que ainda estava levemente distraido, prestou reverência, antes de se retirar.

Nenhum dos senhores Kang falou algo, apenas começaram a andar em direção á saída, irados com o que haviam acabado de ouvir.

Em um certo momento da caminhada, Jae-Hwa olhou para trás e, naquele mesmo instante, Jin deu por fazer o mesmo. Os olhar dos dois se encontraram de imediato, e eles permaneceram daquela maneira por poucos segundos, como se o mundo - novamente - estivesse em câmera lenta, eles olharam para frente, de maneira sincronizada.

Ambos seguiram em frente, indo cada um para um lado. Isso porque a rivalidade entre tais famílias era gigantesca, e eles jamais poderíam caminhar juntos.

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「𝐒𝐏𝐑𝐈𝐍𝐆 ❥ ᴋɪᴍ sᴇᴏᴋᴊɪɴ」Onde histórias criam vida. Descubra agora