XIII - Amásio

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Lee voltou para casa. Ele e Gaara não puderam se ver por algum tempo. Conversando apenas por telefone. Passavam horas em ligações românticas. Eram muito apaixonados. Lee era extremamente exagerado, e isso se manifestava muito forte em sua paixão por Gaara. Ele sempre dava um jeito de mandar-lhe flores, chocolates e presentes. Mesmo Gaara pedindo que ele parasse. Gaara sempre ficava muito envergonhado quando um de seus guardas aparecia em seu escritório com um buquê de flores enorme, dizendo que alguém mandou entregar-lhe. Mas, ao mesmo tempo, ele achava lindo, romântico, e vivia pensando em Rock Lee.

Lee por sua vez, em Konoha, levava sua vida normalmente, dando aulas na academia, fazendo missões, e supervisionando pessoalmente o treinamento de seu filho. Ele pensava em Gaara todos os dias. Às vezes olhava pro próprio passado e se arrependia de não ter lutado mais por Gaara. Se arrependia de ter ido embora da vila, e até mesmo quando voltou, se arrependia de ter sido covarde, de não ter largado tudo e ir viver com ele enquanto Metal ainda era um bebê. Agora era tarde. Metal já estava na academia, tinha seus amigos e seu time, e também queria ficar próximo da mãe, com quem tinha um bom relacionamento. Lee tentava compensar Gaara por todo o tempo separados, o enchendo de presentes, ligações, cartas e declarações de amor. E mesmo que Gaara pedisse pra ele parar, mesmo assim ele continuava, pois sabia que no fundo, Gaara gostava , e se sentia amado daquela maneira. E Lee queria demonstrar seu amor por ele.

Desde aquela vez em que foi a Suna conhecer Shinki, já havia se passado um ano. Nesse meio tempo, Lee foi à Suna cinco vezes, e Gaara foi duas a Konoha. Sete vezes era muito pouco para se verem num intervalo de ano, mas era o que tinham, e aproveitaram bem todo seu tempo juntos. E seus filhos, bem, eles ainda não haviam se conhecido, mas os quatro estavam programando suas agendas.

Algumas noites, quando Metal estava na casa da mãe, Lee telefonava para Gaara, bem tarde da noite. Sempre começava com palavras carinhosas, mas depois o nível de suas falas e tom de voz iam ficando mais sensuais. Gaara adorava entrar nesse joguinho, e seguia o fluxo da conversa. Ele se excitava só com a voz de Lee, quando Lee perguntava o que ele estava vestindo. Gaara se trancava em seu quarto para falar com ele, pois já sabia até onde aquela conversa os levaria.

- Amor... queria que você estivesse aqui comigo... - ele dizia manhoso.

- Ah Gaara... se eu estivesse aí com você, eu iria beijar sua boca e morder seus lábios... - ele dizia sensual.

Gaara, do outro lado da linha, delirava imaginando a cena. Ele gemia no telefone para que Lee ouvisse o quanto estava excitado. Lee continuava:

- Iria beijar a sua barriga, e te chupar bem do jeito que você gosta...

- Lee... se continuar falando assim, eu vou ficar muito excitado.

- É isso mesmo que eu quero Gaara... quero que fique excitado! Quero que se toque pensando em mim. - Lee dizia

Gaara do outro lado da linha gemia, carente do toque de seu amado.

- Continua falando Lee... ele sussurrava

- Abaixa suas calças e se toca Gaara... Me fala, você está duro? - ele perguntava com malícia.

- Sim.

- Então bate uma pra mim. Quero ouvir você gemer...

E assim eles faziam. Se não podiam estar juntos pessoalmente, estariam juntos em pensamento.

Próximo das provas Chunnin daquele ano, Gaara estava atolado de trabalho, passava noites e noites no escritório. Naquele mês, ele e Lee mal se falaram. Lee não aguentou de saudade, e decidiu que faria uma visita surpresa ao namorado. Pegou uma folga das aulas e das missões. Deixou Metal com a mãe, e pegou o último trem do dia, que ia até Suna. Três longas horas de viagem depois, ele chegou. Já passava das 23h quando chegou a casa de Gaara. Ninguém estava em casa. Quando Gaara ficava até tarde no escritório, deixava Shinki na casa de Kankuro, para que o menino não ficasse sozinho. Lee sabia que Gaara estaria em seu escritório, e foi vê-lo.

Konoha Garden - Livro 3: Primavera (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora