Entregando-me A Paixão - Livro III (Concluído)

Capítulo 22

BOA LEITURA !!

MARIANA SCOTT...

Escrever me deixa em pedaços e me cicatriza, se parece com viver.

- Desconhecido

Hoje o dia amanheceu diferente para uma manhã de Agosto. O céu está todo nublado e não há nem um bocado do azul dos outros dias. As nuvens estão perfeitamente negras e carregadas mas não está frio e pela previsão dada no noticiário não vai chover.

- Desde quando você fica toda sorridente assim ? - Pergunto a Celinna que desde que entrou parece mais feliz que o normal.

- Digamos que eu estou saindo com alguém mas você não vai saber até que me diga o que há entre você e o irmão da senhora Dakota. Você estava perfeita na capa daquela revista.

- Nós estamos nos conhecendo. Só isso. - Respondo curta e ela sorri maliciosa para mim.

- Sei, aposto que ele é a causa do seu tom rosado na maioria das manhãs. Mas sobre o que você perguntou, ele chama-se Márcio. Pelo que pude perceber pelo seu sotaque nem é daqui, mas é um grande homem. Não sei em que ramo ele trabalha mas acredito que seja no empresarial.

- Então estão namorando ou só se conhecendo ? - Continuo puxando conversa enquanto descemos pelas escadas de serviço.

- Só nos conhecendo mesmo. Ele é bem apressadinho mas depois de todas as decepções amorosas que eu já tive quero ir devagar e ter absoluta certeza antes de qualquer coisa, sabe.

- Mas você gosta dele ? Sente que é algo que vale a pena ? Porque por experiência própria eu garanto-te que a melhor coisa que você pode fazer é viver intensamente. Tão intensamente que seu coração doa e você se pergunte o porquê de não ter começado mais cedo. - Sorrio para ela que retribui carinhosa.

- Eu acho que tenho de ouvir a sua estória de vida.

- Talvez algum dia eu consiga contar a você o que vivi. Mas posso garantir que aprendi que quanto mais cedo a gente se permite viver melhor. Viva, Celinna.

- Eu prometo que com muito cuidado vou seguir o seu conselho.

- Claro. Desde que você seja muito feliz.

- Claro, parte da minha felicidade inclui acabar de limpar todas as salas que temos para hoje. - Sorrio para ela e caminhamos juntas com o material todo nas mãos.

[...]

- Rodrigo, eu estou saindo do ponto já. - Repito a mesma coisa pela milésima vez.

- "Você podia simplesmente ter esperado, sabe que eu odeio quando você anda a essa hora e principalmente sozinha".

- Rodrigo, eu juro que vou desligar na sua cara se você não parar de tentar encher a minha cabeça. Eu estou bem e se quiser venha ver por você mesmo. - Sorrio enquanto passo pela porta do prédio.

- "Tudo bem, em trinta minutos eu estarei aí".

- Você podia só dizer que tem vontade de me ver, eu perceberia facilmente.

- "Adeus, Mariana". - Posso sentir ele sorrindo antes de encerrar a chamada.

Encaro a tela negra do celular sorrindo e abro a porta da minha casa com a outra mão. Olho para a porta da Maria e pela luz apagada ela ainda está fora. Temos nos visto com pouca frequência mas eu fico feliz por ter noção da razão pela qual isso acontece. Nas poucas vezes que temos nos visto ela conta sobre o que tem feito, tanto no trabalho quanto com o homem que tem conhecido, cujo nome é Cooper se a minha memória não estiver falhando.