Academia Yankees

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Tempo depois nós chegamos ao nosso destino.

Descemos do avião e seguimos para os dormitórios.

Entrei no meu e arrumei minhas coisas.

Irei estudar em uma escola chamada Academia Yankees.

Nosso intercâmbio é em Londres e de lá conheço algumas pessoas que convivi.

Na verdade... bom... um pequeno segredo meu para vocês...

Quando eu tinha 15 anos, eu morava aqui, em Londres e tenho uma melhor amiga. Nós nos falamos até hoje mas não achei necessário comentar.

Agora que aqui estou, espero vê-la.

Uma mensagem apareceu em meu celular.

#Brian# Ju, vem me ver, quarto número 102.

#Eu# Ok.

Caminhei para o Campus de alojamento masculino e cheguei em seu quarto.

Bati na porta e Brian surgiu.

-Oi. -Ele me beijou.

-Oi, cade o seu colega de quarto?

-Ele saiu. E a sua colega?

-Eu não tenho, meu pai pagou a mais pra mim ficar sozinha.

-Ah ta.

Uma mulher passou no corredor e parou perto de nós.

-Alunos da Academia Yankees só podem fazer visitas antes das nove. E como agora já são nove e meia, por favor, voltem para seus dormitórios. E que não se repita se não haverá consequências.

-Desculpe. -Nós falamos e eu me despedi de Brian com um selinho.

Chegando no meu quarto fui direto para a cama.

Na Academia Yankees podem estudar alunos de Londres também. Não é só para quem faz intercâmbio.

A amiga de quem falei, Amber, estuda aqui.

No dia seguinte, fiz minha maquiagem e fui para a minha sala para a primeira aula.

Sentei-me na segunda carteira, foi quando vi Amber entrando.

Assim que ela me viu veio em minha direção, colocou suas coisas na carteira em minha frente e me abraçou.

-Oiii, que saudades de você amiga. -Disse ela.

-Oii, eu também. -Eu sorri.

Nós ficamos conversando até um garoto alto, um pouco loiro e de olhos azuis entrar na sala e vir em direção a Amber.

Espera.

Esse garoto é o Nathan, namorado de Amber desde os 14 anos.

E o garoto com quem eu perdi a minha virgindade.

Sim, eu fingi que era virgem para o Gabriel mas foi porque eu não queria lembrar que transei com o namorado da minha melhor amiga.

A Amber não sabe do lance de mim ter transado com o namorado dela até hoje. A um ano atrás, quando eu tinha 15 anos, nós três estávamos na festa de quinze anos de uma amiga da Amber.

O local estava lotado e nós havíamos bebido, mas não estávamos bêbados, apenas alegres.

A Amber acompanhou sua amiga, a dona da festa, até a sua casa, pois a garota havia esquecido a boneca da cerimônia.

Nathan e eu estávamos sozinhos em uma sala, na qual Amber havia dito para esperar ela lá.

Decidimos jogar mímica para esperar Amber que disse que voltava em 40 minutos mais ou menos.

Era a minha vez e eu estava fingindo que era uma modelo em um desfile para ele adivinhar e foi quando eu tropecei e cai em seu colo.

Ele me envolveu em seus braços para me segurar.

Ficamos por um longo tempo a nos olhar e foi quando nos beijamos e assim aconteceu.

Quando nós percebemos a gravidade da situação, já havia acontecido e então colocamos nossas roupas rapidamente.

Amber chegou e nós agimos naturalmente,decidimos manter aquilo em segredo e fingir que nunca havia acontecido, mas Nathan se apaixonou por mim e havia me dito isso várias vezes.

Então decidi fugir um pouco e pedi ao meu pai para nos mudarmos de Londres, mas as lembranças daqui foram comigo para onde eu ia.

Nathan havia me dito que ele iria me esperar e que quando eu voltasse esperava que as coisas entre nós desse certo.

Eu também gostava dele mas as coisas entre nós não poderiam dar certo pois minha melhor amiga Amber namora ele.

Agora que voltei para cá, as lembranças voltaram comigo.

-Oi Amby. -Disse Nathan.

-Oi Nate. -Disse Amber. Nós o chamávamos assim.

-Oiii Ju, a quanto tempo. -Disse Nathan me abraçando.

-Oii. -Respondi.

Nós conversamos e durante o intervalo e Amber pediu licença para ir ao banheiro.

Ficamos apenas Nathan e eu.

-Agora que você voltou, nós poderíamos tentar algo. Eu admito, nunca te esqueci. -Disse Nathan.

-Nate, eu também nunca te esqueci, mas a Amber é a minha amiga e você namora ela, assim como eu namoro um garoto, então entenda, não existe nós.

Antes que ele pudesse dizer algo, Amber havia voltado.

Nós ficamos a conversar.

Pessoal, lembra na sinopse, quando eu disse que a minha mãe havia sido morta?

Isso não é verdade.

É que ela havia ficado em Londres pois meus pais se separaram.

Então, como eu era criança, não sabia entender esse troço de separação e fiquei revoltada. Decidi então que nunca mais queria vê-la e que para mim ela estava morta.

Mas agora que estou aqui e madura, posso vê-la.

No fim das aulas, decidi ir para o local onde nós morávamos quando eu vivia aqui.

Chegando lá, bati na porta e minha mãe surgiu, magra e bela, como sempre foi. Ela nunca envelhecia.

-Mãe. -Eu disse ao vê-la.

-Julia. -Ela disse me abraçando e eu fiz o mesmo. -Eu estava com saudades.

Ela me convidou para entrar e nós ficamos conversando.

Ela morava sozinha e me convidou para morar com ela nesse tempo de intercâmbio.

-Sim, mãe, eu aceito voltar a morar aqui.

-Ai que bom querida, vamos compensar todo o nosso tempo perdido.

No dia seguinte já havia avisado a todos os meus amigos e a Brian.

Trouxe minhas coisas para meu antigo e ao mesmo tempo novo lar.

Saudades daquela casa grande.

Arrumei minhas coisas em meu quarto que continuava do mesmo jeito que eu havia deixado, com um papel de parede rosa florido. Estava lindo.

De noite minha mãe e eu fomos jantar em um restaurante.

Uma garota complicada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora