touch of darkness

capítulo 11

Hades:

Seguro sua delicada mão
-"σπίτι" (casa).- digo nos enviando para as portas do submundo, ela observa tudo com atenção e ao avistar o barqueiro, vestido com seus trajes velhos em preto com seu cajado, cora segura firme em meus braços se escondendo.

Caronte se aproxima e se curva perante seu rei.

-Πάρε μας (leve-nos)- digo nos levando ao barco das almas, poderia eu mesmo levá-la, mas cora está fragilizada e temo que se sinta mal por não ser acostumada com o teletransporte.

-Μάλιστα κύριε (sim, senhor).- cora permanece calada, observando, quando chega perto da borda vê as almas no Aqueronte, ela grita e me abraça assustada.

Não consigo não sorrir, pobre menina mal sabe que isso não é nada perto do que faço com os julgados ruins.

Aqueronte é o rio da dor onde almas ruins são mandadas para sofrer ou as almas que tentem atravessar sem meu barqueiro, ao entrar ficam presas no sofrimento eterno.

Sua respiração acelerada me excita, pensar em tela em minha cama me faz ficar duro, mas não a tocarei sem que ela me peça, mesmo que nunca o faça, a respeitarei.

Quando finalmente chegamos ao meu reino a levo para o salão principal, não sei o oque fazer, aqui não a nada que ela vá gostar...

Droga..

deveria ter a levado para outro lugar, aqui é quente e sombrio, o oposto do Olimpo.

- você está bem?- digo olhando em seus olhos, ela sorri timidamente.

- estou, só preciso pensar um pouco, poderia me deixar sozinha?- diz com sua voz tímida e suave, não quero deixá-la, porém a levo ao um dos quartos principais e a deixo só.

Vou resolver os assuntos pendentes e volto para vê-la mais tarde.

Cora:

Ao ficar sozinha, todas as dores parecem vir em dobro..

Por que minha mãe tinha que me tratar dessa forma?

Por que adonis amava Hermes?

Por que fugi para um lugar sombrio com alguém que não conheço?

Droga, como eu vou voltar? Ele é uma boa pessoa?

Ele estava a ponto de matar ares e agora eu estou aqui com ele, não deveria ter sido tão impulsiva.

Mas quando lembro de seus olhos conectados aos meus sinto algo diferente em meu ser.

"Não seja tola" digo a mim mesma, " não veja conexão onde não ha, cora".

Decido ir dar uma volta pelo castelo, há grandes quadros sobre a guerras dos Titãs, vejo um de Hades com seu animal de estimação, sentado em um trono sem camisa mostrando suas runas e símbolos, cada detalhe o tornando ainda mais perfeito.

Continuo olhando até ouvir um barulho de coisas se quebrando.

Vou andando em direção ao sons, o longo corredor com paredes escuras com tons preto e linhas vermelhas como se lava quente passasse por ela..

Olhando com atenção suas cores percebo que realmente a lavas em seu interior.

Vejo que o barulho vem de trás de uma grande porta de madeira rústica e me aproximo para ouvir.

- quero que cortem a cabeça daquela desgraçada e tragam sua alma para que eu a puna, ela se arrependerá de trair seu rei.- a voz rouca e firma de Hades, com uma raiva explícita e logo se transformando em monstruosa me faz temer estar aqui.

-senhor, styx é protegida por ser filha de tetis, ela coordena o rio da invulnerabilidade, uma das ninfas mais poderosas se mata-la poderá começar uma guerra. - um homem diz calmo porem mostrando seu receio.

- ela pagará por tentar libertar japeto, podendo assim libertar Cronos e começar a verdadeira guerra, deixe que com as ninfas eu me resolvo, ela não ficará impune.- diz firme e superior mostrando sua autoridade.

- agora vá e me trague a alma dela, AGORA!- me afasto e os vejo saindo.

quando seus olhos se encontram aos meus sinto minha pele arrepiar sentindo meu corpo quente.

ele cheira o ar fechando os olhos e quando os abre vejo um brilho diferente neles conforme ele se aproxima como se estivesse em transe.

Um frio se estala em meu estômago e coluna me deixando apavorada ao mesmo tempo que sinto minha intimidade umidecer.