Capítulo 36

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O portão da Mansão se abriu exatamente ao badalar do último sino da igreja, os lobos eram a linha de frente depois das bruxas e os vampiros pelas laterais. Algumas bruxas cuidavam para proteger aquela batalha de olhos humanos enquanto isso as bruxas saiam do cemitério do lado oposto da cidade em nossa direção, não era so as de Nova York e de Nova Orleans , Bruxas do mundo inteiro vieram pra me matar e pegar essa magia. Do meio da multidão vejo um rosto conhecido e a muito tempo não visto. Pascoal o mesmo que veio ate Nova Orleans me levar de volta para Ny depois da morte de minha mãe estava ali agora e foi o primeiro a se pronunciar com suas roubas de cetim coloridas e cachecol escandaloso.

Pascoal: Esther, se entregue e vamos poupar diversos seres místicos de perderem a vida por você. Uma magia não vale a pena. Quantos de vocês estão aqui pra lutar por uma guerra ja perdida? É so mais uma Mikaelson.

Elijah chegou por traz de Pascoal e arrancou seu coração iniciando a batalha.

De início, algumas bruxas tentam me atacar mas consegui me esquivar. O lance delas era ataque de longe o que dificultava meu lado vampiro de entrar em ação mas com alguns feitiços conseguia derrota-los ate que dois bruxos e uma bruxa me pegaram e me levaram ao último andar da igreja st.anne, de la foi fácil acabar com eles, ativei meu lado lobo e arranquei alguns corações mas assim que estavam todos mortos eu consegui ver a batalha de outra visão, estávamos perdendo, naquele momento eu soube o que fazer. Desci da igreja em um pulo, usei um feitiço paralisante e desacelerei o tempo. Olhando as pessoas guerreando em câmera lenta um peso enorme veio em minha cabeça. Os corpos mortos, haviam mães assim como eu, muitas pessoas que eram a esperança da familia doando suas vidas.

Já leram o conto Ifigênia? A moça se sacrifica pela sua pátria para que assim sua familia e o exército conseguissem vencer a batalha. Vemos em Harry Potter o protagonista indo encontrar a morte bem na floresta quando Voldemort oferece não derramar sangue mágico em vão. Ou então em Riverdale quando a Verônica toma o veneno que era pra Betty tomar.

Enfim, o que em todos esses contos, filmes e séries tem em comum é que o mocinho se sacrifica para que todos fiquem bem. Eu não sou a mocinha da minha história, todas as minhas amigas queriam ser a Vanessa de High school musical e eu sempre fui a Sharpay. Enquanto lutavam pelo cabelo vermelho da Roberta eu sempre fui a Mia. O ponto é que eu não sou a mocinha e não me transformarei em uma agora. Porém me lembro de Nicklaus que em sua vida história foi o próprio mostro e no fim morreu com glória sendo uma boa pessoa. Não via o que eu tinha em comum com o meu pai ate esse momento, Pai e filha que se sacrificaram por um bem maior, mesmo sendo considerado monstros.

Eu não queria isso, como poderia, afinal? Uma mãe não quer deixar seu filho, eu não queria deixar Hope ou minha mãe, Bruna, Rebecca... Minha família. Eu queria voltar pra eles mas era óbvio que esse seria meu fim, o sentimento de que eu ia morrer não me abandonava. tentei ate me despedir de todos, no final eu sabia que era hoje, eu sabia que esse momento chegaria e que forma melhor de morrer do que não deixando que milhares de outras pessoas morressem? Eu poderia falar que estou fazendo isso pela Hope, ou pra não deixar essas pessoas morrendo, poderia ser pra não acabarem com Nova Orleans mas nenhum desses motivos chegam perto do MEU motivo pra me sacrificar. Meu filho, deixar ele viver uma vida humana e comum, sem morte sem guerra sem sangue derramado. O meu sacrifício pode dar pra ele uma vida que eu nunca poderia dar e esse já é o melhor motivo de todos.

Eu me aproximei da bruxa Sifão que tinham levado pra sugar minha magia, voltei o mundo a velocidade normal e em segundos estava sentindo a pior dor da minha vida. A dor foi rápida, senti minha magia, minha humanidade, minha raiva, meu ódio, minha vida indo embora de uma vez e a dor passou. Minha vida começou a passar diante dos meus olhos.

O momento na escola salvatote que Elijah entrou pela porta e me pediu uma chance, ali começou minha felicidade.

''Pegue suas coisas Esther, estamos indo para Nova Orleans conhecer o resto da família''

O meu começo de relacionamento com Rebeccah

''Você bebe?- respondo com um aceno de cabeça- É filha do Klaus, não sei por que perguntei''

Nenhum momento se compara com quando eu desisti de matar Hope

''Para com isso menina chata, vou fazer brigadeiro um doce que minha mãe me ensinou enquanto isso procura um filme.''

Ou talvez quando eu conheci o Derek, um menino arrogante que depois se tornou o pai do meu filho

'' Dereck: Desde que eu cheguei você não me olhou nos olhos e eu sou especialista em linguagem corporal''

O momento da minha gravidez, acompanhar a barriga crescendo depois ver a vida que eu gerei nos meus braços

''Grávida Hope, eu estou grávida''

Fugir pra Palermo depois voltar namorar um monstro, quase me casar. Foi uma boa vida, uma ótima trajetória eu estava pronta pra ir. Depois do mini filme senti minha alma saindo e minha consciência indo embora tudo ficou preto!

De repente mãeOnde histórias criam vida. Descubra agora