Capítulo 8.

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. Kamiko POV .

Acordei com uma ligeira dor de cabeça. Após a minha higiene matinal, tomei café da manhã e um comprimido. Mandei mensagem pro pessoal.

— Amigos, vai aí uma rodada de ressaca?

— Nem lembro de vocês indo embora — Respondeu Kaori.

— Nem eu — Disse Kakashi.

— Lógico, vocês morreram antes de nós — Disse Yamato.

— Eu daria tudo para que fosse sábado — Eu disse.

— Nem fala — Respondeu Kakashi.

Vendo o sol pintar de laranja o céu que antes era cinza, senti que seria um dia fresco, podia sentir o ar mais denso pela umidade. Uma sexta mais preguiçosa, pensei, ótima para ficar em casa. E segui para o trabalho.

Haviam dias que a vontade de desabafar com Hizashi era esmagadora, mas o que eu diria? Oi Hizashi, acho que agora eu tenho uma queda pelo Neji, mas eu sei que somos apenas amigos, desde sempre.

Quando a saudade apertava, eu ia à floricultura e depois ao cemitério. Deixava as flores sempre quando não havia muita gente por perto, no começo da manhã ou perto do anoitecer. Às vezes eu nem me importava com o tempo, ficava ali mais de uma hora.

Assim que o expediente acabou, decidi levar as flores, como era sexta-feira, eu não precisava me preocupar com o horário.

Algumas outras pessoas também levavam flores a seus entes-queridos, estava tudo quieto e calmo. Já estava parada na frente do túmulo havia uns 40 minutos. Sabia que ele estava em um lugar melhor agora.

Estava prestes a ir embora, assim que me virei, dei de cara com um homem de cabelos pretos e longos, usava uma blusa de mangas compridas e inexpressivos olhos brancos. — Nossa, mas ele é a cara do meu sogro! — Me repreendi no mesmo instante em que pensei isso. Era seu irmão. Eu dei um rápido passo para trás, ele fez o mesmo. Fiquei sem fôlego e meu coração batia descompassado. Não queria que soubessem que eu ia ali com frequência.

— Então é você — Afirmou o homem.

— Eu? — Perguntei.

— Quem sempre traz as flores para ele.

Não sabia se aquilo era adequado, pois eu havia me afastado há muito tempo. O homem continuava a me encarar, eu não fazia ideia do que dizer, pois ele não parecia ser muito simpático à primeira vista. Mas Hizashi era assim também.

— Sim, sou eu — Assenti.

Ele agora havia deixado de lado sua postura séria, me lançando um sorriso.

— Muito prazer senhor, eu me chamo Kamiko — Pensei então que deveria explicar o motivo das minhas visitas. — O Hizashi é meu amigo, um amigo que me faz muita falta.

— Ora, não precisa ser tão formal, eu me chamo Hiashi. Eu sei quem você é. — Fiquei surpresa com o comentário e franzi o cenho. — Ele sempre se lembrava de você, deve fazer muita falta mesmo. — Disse ele se abaixando no túmulo. — Ele tinha essa mania de proteger todas as pessoas que ele amava, não é?

— Sim, ele foi um bom amigo.

— Um bom pai e um bom irmão também — Disse ele satisfeito. — fico feliz todas as vezes que vejo elas. — Disse ele apontando para as flores que eu havia acabado de trocar. — É bom saber que existem pessoas que se lembram dele, com certeza ele também fica feliz. Gostaria que você viesse jantar conosco hoje, Kamiko.

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