Olhos da Alma

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Está escuro, assim sempre estará,
Além dos meus olhos nada proverá;
Porém, isso impede-me de ver além?
Seria eu ignorado? Rejeitado?

Não posso contemplar o sol, nem o seu
vigor, mas reconforto-me no seu calor;
Não conheço uma noite de luar, mas
de antemão, regozijo-me em gratidão.

Ouço os pássaros, não exploro suas
fantasias, mas aprecio suas melodias;
Me renovo no perfume das flores,
mesmo não captando suas raras cores.

Não te vejo, mas eu posso te escutar,
posso te ouvir e em breve te desvendar;
Afinal, o essencial está no seu interior;
O seu coração é a sua personificação.

Meu caminho é repleto de incertezas,
adiante dos meus olhos não há riqueza;
Mas eu sinto e, mesmo sem enxergar,
em sentimentos posso me maravilhar.

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