Apelo à Deriva

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Não sei se conseguirei mais suportar,
acredite, eu achei que fosse superar;
Eu lutei, mas foi em vão, sem direção,
não é ser pessimista, é ser realista.

Me sinto sozinho, eu me abandonei,
eu ignorei o vazio que desabrochava;
Eu menti para mim, guardei a dor!
Fui covarde, fui um usurpador.

Onde estão meus amigos? Aliás,
quem iria querer a minha amizade?
Quem ouviria a minha infelicidade?
Onde irei? Até quando aguentarei?

Se eu falar, alguém compreenderá?
Se eu fraquejar, alguém me ajudará?
Certamente, mesmo eu despedaçado,
ainda assim serei réu sentenciado.

Aqui, deitado, são 2:27 da madrugada,
lágrimas silenciosas à retaguarda;
Por favor; apenas ouça-me sem julgar,
apenas escute-me sem me culpar.

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