PRÓLOGO

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O rei de Calaandra acordou em um sobressalto. Havia notado o vulto dentro do aposento, mas ainda estava atordoado pelo sono e não havia notado o que estava havendo, até ver a rainha ao seu lado se contorcer enquanto sangue jorrava de sua garganta. O rei imediatamente se colocou de pé e pressionou o pescoço da esposa em uma tentativa falha de estancar o sangramento.

Sentia lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

A essa altura, não se preocupou em perseguir o vulto ou prestar atenção em quem poderia ser. Notou que ele havia saído pela janela com maestria e habilidade, mas não conseguia tirar os olhos da rainha. Queria estar com ela em seus últimos segundos de vida.

A rainha golfava e tremia, mas com o pouco de força que lhe restava, mexeu os lábios de forma lenta:

- Cuidado... Matar... Princesa... Cuide...

E então ficou imóvel.

O rei desabou em lágrimas sobre o corpo da amada, mas havia entendido o recado. Alguém queria matar sua família e havia começado pela rainha. Precisava defender a princesa a todo custo, e apesar da sua dor, tomaria uma providência imediatamente.


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