Capítulo 2

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― Qual é, Samuca! Larga de ser criança ― falei, na cozinha, depois de ter trancado Samuel comigo quando se distraiu

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― Qual é, Samuca! Larga de ser criança ― falei, na cozinha, depois de ter trancado Samuel comigo quando se distraiu.

― Vai lá ficar com o senhor músculos inteligentes ― ironizou.

Tentei conter o sorriso, juro. Mas não deu.

― Olha só, nós já falamos sobre isso ― apontei.

― Sim, e você tava lá, toda piscando para ele, logo em seguida.

― Eu ― comecei a exaltar a voz. Respirei fundo tentando manter a calma ― não estava piscando para ele.

Riu pelo nariz, cruzando os braços na frente do corpo.

― Samuel, Carlos chegou há dois minutos. Você vai permitir que ele estrague um fim de semana que precisa ser perfeito? Você tem que parar de birra por sua prima, ? Laís nunca vai perdoar nenhum dos dois se der alguma coisa errada na festa, então larga de faniquito e se controla.

Samuca olhou para o teto soltando o ar com força, como se soubesse que eu estava certa. – Ok! Eu sempre estava. – Mas, ao mesmo tempo, sabendo que comportar-se iria exigir muito dele.

― Você tem certeza que não quer me contar o motivo da briga de vocês? ― Perguntei pela centésima, milésima ou sei lá qual ésima vez

― Tenho ― falou firme e ríspido demais. Encolhi-me um pouco. Samuca nunca falava daquela forma comigo. Inspirou o ar com força antes de caminhar em minha direção. ― Desculpa. Não devia ter sido rude com você ― concluiu com sinceridade, segurando meu rosto entre suas mãos para que eu o encarasse. ― Eu só não gosto dele perto de você.

Samuca abraçou-me, apertando meu corpo contra o seu o máximo possível, como se temesse alguma coisa.

― Você sabe que estaremos todos aqui até domingo, não posso evitar seu primo, neguinho.

Senti seu corpo relaxar completamente depois de me ouvir usar o apelido carinhoso, com o qual nos tratávamos com constância.

― Eu sei ― passou a mão por minhas costas. ― Me desculpe.

― Tudo bem, idiota. ― Sorri, erguendo o rosto para encará-lo. ― Mas, para pagar seu péssimo comportamento, você vai precisar me levar pra praia hoje à noite.

Ergui uma sobrancelha para ele.

― Você sabe que nós íamos mesmo antes de pedir, ?

― Ei ― reclamei, dando um tapinha de leve em seu braço ― você poderia me deixar sentir que estou no controle dessa situação aqui, por favor?

Samuel abriu um sorriso do meu jeito favorito. Aquele que o fazia sorrir com os olhos.

― Claro que posso. ― Bateu o indicador em meu nariz. ― Você sabe que eu faço tudo para te ver feliz, sempre.

Apenas amigos: era o que eles diziamOnde histórias criam vida. Descubra agora