Capítulo 5

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― Ela está tão linda! ― Tia Norma suspirou ao meu lado

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― Ela está tão linda! ― Tia Norma suspirou ao meu lado. Babar a filha era o esporte preferido dela. ― Não só ela, mas tudo está lindo demais, Jaí. Você foi maravilhosa realizando o sonho de minha filha. Foi melhor que uma fada madrinha.

― Imagina, tia ― respondi encabulada. ― Foi um trabalho conjunto.

E sim, tinha sido mesmo.

Mauricio, Carlos e Samuca estavam ralando desde cedo para dar à festa a forma que nós tínhamos sonhado e planejado. E tudo ficou absurdamente melhor do que todas as nossas milhares de pastas salvas no Pinterest.

As garrafas de leite de coco, devidamente lavadas e ornamentadas com barbante, formando a palavra LOVE, davam um toque rústico romântico à mesa.

O bolo de dois andares, com pequenos bordados de açúcar, repousava sobre um suporte de tronco de madeira. As forminhas, com os doces finos, tinham formato de flores com tons terrosos. Flores, como girassóis e sorriso de Maria, se misturavam aos elementos cênicos mais variados. Gaiolas, vasos, terrários e velas. Quando os materiais chegaram, pensei que a mesa ficaria uma bagunça, porém os elementos conseguiam conversar entre si tornando a mesa harmônica e delicada.

― Eu sei, mas ela também não conseguiria sem a melhor amiga ao seu lado.

Sorri, enquanto olhávamos Laís cumprimentar os convidados, indo de mesa em mesa. Ela estava linda usando um vestido branco de renda que quase cobria os pés, um salto alto e os cabelos com cachos bem formados pelo modelador.

― Pensei que a noiva usasse branco no altar, apenas no altar. ― Samuel chegou, beijou a mão da tia e pediu a bênção, depois parou ao meu lado segurando minha cintura. ― Você está linda, gatinha.

Falou alto o bastante para que todos ouvissem, enquanto passava os olhos pelo meu vestido vermelho de tubinho que ia até à altura do joelho.

― São seus olhos ― respondi, com um pouco de vergonha pela maneira sugestiva como a mãe de minha amiga me olhava.

― Eu sei que meus olhos são lindos também. ― Beijou minha bochecha, fazendo-me rir.

Samuel era mesmo um idiota.

― Eu não vejo a hora do próximo casamento ― tia Norma falou com um ar sonhador.

― Próximo? ― Olhei para ela desanimada. ― Laís nem casou e eu já estou morta! Não quero saber de casamento nem tão cedo ― brinquei.

― Ah, querida, mas eu aposto que teremos outro em breve.

― Calos vai se casar? ― franzi o cenho para ela.

― Por quê? É um problema para você que meu primo case?

Samuel questionou, cruzando os braços e me olhando como se fosse uma pergunta teste. O fato de ter demorado para responder mostrava que eu já tinha falhado.

Apenas amigos: era o que eles diziamOnde histórias criam vida. Descubra agora