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Já estava de banho tomado, cheirosinho e pronto para cair na cama gigante do hotel quando ouço uma batida na porta, tinha certeza que era o Chance, ele disse que antes de ir se deitar ia trazer um doce que serviram assim que saí, fez questão de me enviar uma mensagem avisando, mas pensei que ele esqueceria disso. Abro a porta e dou de cara com a bola rosa com orelhas e rabinho:

"Babe!"

"Babe?"

"É! Aquele filme do porquinho!"

"Ah!" Ela ri

"O que foi Adeline errou de porta?"

"Adeline?"

"É! Nome de porco, não é?!" Ela faz uma careta e continua rindo.

"O que foi hein? Ficou com saudade?"

"Na verdade, fiquei preocupada porque foi embora cedo... Não foi isso que disse para mim da outra vez?"

"Verdade! Mas admite Jô, está com saudade! Olha que se mentir o rabinho cresce..."

"Acho que está confundindo as histórias... É o nariz do Pinóquio que cresce..."

"Ah..." Ela me encara e se aproxima:

"Então... Já que está tudo bem... Vou para o meu quarto..." Quando aquela grande bola rosa se vira em direção ao quarto eu a puxo pela mão, seguro em seu cabelo e roubo um beijo dela.

"Boa noite." Eu digo.

"A gente tem que parar de fazer isso..." Ela ri para mim.

Sorrio de volta para ela e vou em direção ao meu quarto mas sou surpreendido com um puxão também e ela me beija, dessa vez mais demorado, nossas bocas se abrem, nossas línguas se tocam, sinto sua respiração, então escutamos um barulho de algo caindo e um "Nãããoooo!!!"

Paramos o beijo. Nos encaramos assustados e seguimos o barulho no fim do corredor, era Chance derrubando o prato de sobremesa no chão, salvando apenas um doce que conseguiu segurar antes que caísse.

"Eiiiitaaa!"

"Toma, eu salvei um."

Começamos a rir, eu pego o doce e dou uma mordida:

"Hmmm, está bom mesmo!"

"Vou voltar para festa, porque eu sou um cara legal e com muita energia para gastar, diferente de outros dois que parecem dois idosos! Fui!" Ele sai, e com a boca cheia de doce olho para Jô.

"Quer?"

"Não, comi vários desse!"

"Então... Prefere uma maçã porquinha?"

"Não..." Ela ri, a risada mais gostosa que há tempos não escutava tão perto.

"Então... Prefere um bacon?"

"AAii não Hero... É melhor... Vou para o meu quarto..." Ela se vira, e eu não a seguro dessa vez, vou em direção ao meu quarto, mas antes de entrar percebo que ela volta para mim:

"Ué!"

"O que?"

"Não vai me segurar? Não vai me impedir de entrar?"

"Não... Você não quer ficar!" Eu a encaro e dou um sorriso de canto de boca que eu sei que ela gosta...

"Você desistiu muito rápido! Quem disse que eu não quero!"

Estávamos parados nos encarando, ela no meio do corredor, parecíamos dois loucos, eu de calção e ela vestida de porco gigante.

"Não te entendo Jô..."

"Posso usar o seu banheiro?"

"O meu banheiro? Por que?"

"As meninas usaram o meu e a descarga está estranha..."

"Claro!"

Ela entra com dificuldade pela porta e eu dou risada.

"Ainda não acredito que foi assim para a festa." Fecho a porta e ela se vira para mim.

"Eu estou incrível! Aceite isso... Hey... Me ajuda com o zíper?"

Ela me encara, na hora entendi qual era a ideia dela, ela estava flertando comigo... Dou outro sorriso para ela sem tirar os olhos dos dela.

"O que? Preciso usar o banheiro." Ela diz rindo.

"Sei..." Gosto de como ela estava mais solta depois da festa. Eu desço o zíper e meu pau pulsa com o que vê. Jô estava usando uma lingerie rosa, quase do mesmo tom daquela roupa gigante.


Se controla, Hero vocês estão se dando um tempo de... De o que exatamente? Jô entra no banheiro e fico com os meus pensamentos, ver ela descendo a fantasia e ficando só de calcinha e sutiã rosa não devia me afetar tanto... Mas é lógico que afeta e ela sabe disso! Ahhh, ela está fazendo de propósito! Vou jogar o jogo dela então, assim que ela sair, vou ignorá-la, como se ela não tivesse mexido absolutamente nada com a minha cabeça...

Por Detrás do Fim - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora