A new life

Cinco

Pela primeira vez em alguns dias, o sol em NY estava radiante e todos pareciam querer aproveitar aquilo. Então depois de ter pego o metrô, eu conseguir chegar em frente aquele enorme e bonito prédio.

Assim que entrei percebi que haviam várias pessoas no lugar, não tinha certeza se devia estar ali, mas antes que pudesse desistir, escutei uma voz feminina me chamar. Uma mulher bonita e elegante estava em minha frente com uma pasta na mão.

— Precisa de ajuda? — Ela sorriu.

— Eu estava procurando uma pessoa, mas ele deve estar ocupado.

— Imagino que você seja senhorita Russell, não? — A mulher perguntou enquanto olhava para os papeis na sua mão.

— Sim, sou eu. — Disse surpresa. Como ela sabia disso?

— Ótimo, o senhor Osborn estava te esperando. Pode me acompanhar, por favor. — Ela disse e começou a caminhar em minha frente.

— Como ele sabia que eu viria?

— Não sabia, mas avisou que você poderia aparecer. — Assim que chegamos no elevador ela apertou um botão e saiu.

— Último andar, ele vai estar te esperando. — O elevador fechou, me deixando sozinha encarando meu reflexo no espelho.

O celular tocou e eu vi que era Chloe, provavelmente se perguntando se eu ainda iria para escola. Desliguei o celular assim que o elevador abriu.

Era possível ver o homem em uma sala com paredes de vidro, caminhei até o lugar que tinha a porta aberta e senti um arrepio na espinha. Talvez fosse arrependimento, mas porquê?

— S/N que bom que você veio. — O homem disse sentado em sua cadeira. — Por favor sente-se. Aceita alguma coisa?

— Não, obrigada. — Disse me sentando.

— Estava começando a achar que você não viria. — O homem apoiou seus cotovelos na mesa.

— Eu não tinha um motivo para vir até aqui. — Disse.

— E agora tem?

— Pra ser sincera, não! — Ter ido até ali, sem saber direito o que fazer era uma péssima ideia, e eu só percebi quando me sentei.

— Bom, nesse caso eu posso te dar um motivo. — Arqueei as sobrancelhas tentando entender o que o homem queria dizer.

— E qual seria?

O homem virou a tela de seu computador para que eu pudesse ver, então ele colocou um vídeo de um campo, e eu conhecia bem aquele campo. Era o campo da Midtown High School, e eu estava no meio dele.

Como ele tinha esse vídeo? Ninguém deveria, foi o que o senhor Strange tinha me dito.

Me levantei rapidamente.

— Eu vou embora. — Disse me virando para sair dali, mas o homem também se levantou.

— S/N Russell desparecida quando ainda era criança, sua mãe não reportou publicamente a sua volta porque sabia da repercussão que causaria. Em vez disso, se mudaram para um lugar quieto em NY. Esse tipo de coisa não se esconde facilmente sem ajuda de uma pessoa importante.

— Eu não sei o que você quer de mim, mas é melhor ficar bem longe. — Disse.

— Ou o que? Vai tentar me matar como fez com aquele herói idiota? Me mostre, quero ver do que você é capaz. — O homem se aproximou, me fazendo recuar.

Por um segundo eu apontei minha mão para ele e só então lembrei que se dependesse do meu poder eu jamais conseguiria, então o homem riu, começou a gargalhar.

— É claro que não pode, caso ao contrario você já estaria usando por aí, como uma heroína... como o seu namorado, estou certo?

— Como pode saber disso... —  Sussurrei me aproximando do homem, desta vez sem medo. — Se eu ainda estivesse com o meu poder, você já estaria em pedaços... Só fica longe de mim. — Disse saindo da sala, vendo que ele continuava parado no lugar.

— Não pode fugir disso, eu tenho a solução. Posso trazer aquilo de volta e fazer você ser ainda mais poderosa, só precisa deixar que eu te estude um pouco mais a fundo.

Entrei no elevador, apertando qualquer botão para a porta se fechar.

— Não devemos mexer no que já foi apagado senhor Osborn.

Osborn.... Osborn.... Osborn... A porta se fechou e o nome de Harry veio à mente, não era possível.

Assim que sai do elevador percebi que todos me olhavam no saguão, inclusive os seguranças. Eu precisava falar com o Peter sobre o que tinha acabado de acontecer, só não sabia se estava preparada para encara-lo.