Epílogo

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Alguns anos mais tarde

— Boa noite a todos. — Alicia cumprimentou, sua voz ecoando pela galeria de arte, obras expostas por toda parte. Obras suas, contando histórias de sua vida em tinta à óleo e tons melancólicos e alegres. — Gostaria de primeiramente agradecer a presença de todos, essa noite é a realização de um sonho.

E ela não estava mentindo. Desde seus vinte anos, quando começou a estudar arte, a frequentar comunidades artísticas e se tornar aprendiz de um pintor famoso, o sonho de ter sua própria exposição, completamente dedicada ao que criara, era real.

Agora, estava ocorrendo.

— Durante todo o processo de pintar os quadros que vocês poderão olhar hoje, eu me questionei sobre muitas coisas, e revisitei um tempo da minha vida em que questionamentos sobre minha própria capacidade também eram comuns. Hoje, eu conto a história desse tempo. De como as dúvidas foram superadas com apoio, amor e dedicação por parte de pessoas que se importavam comigo e por parte minha também.

Um sorriso largo dominou os lábios de Alicia. Algumas pessoas na plateia já tinham olhos marejados, e a encaravam com orgulho.

— Por isso, eu gostaria de agradecer especialmente aqueles que me auxiliaram. — um a um, Cici olhou no fundo dos olhos em agradecimento. Um a um, ela citou seus nomes.

Primeiro, veio Bash, que além de melhor amigo provocador, havia se tornado seu marido e confidente. Além dele, havia o pequeno Ethan, filho dos dois, que era ótimo em distrair a mãe quando ela precisava de um tempo de risadas.

Depois, veio Sr.Alfredo, o qual ela agradeceu por ter cuidado de Bash por ela e ser como um avô para Ethan e apoiar tanto sua tia. A qual, veio em seguida, em equidade a Linda, pois Cici sabia que aquelas duas mulheres a tratavam como filha.

— Agora, por último, mas não menos importante — Alicia disse, a voz já embargada falhando mais ainda — gostaria de agradecer a meu pai. Você foi a peça principal de tudo isso. E sabe por quê? — os dois estavam se encarando, e Joe sacudiu a cabeça de leve, sem conseguir tirar os olhos de Cici. Os dois choravam. — Porque você quis me apresentar ao mundo e, graças a isso, eu cheguei onde estou hoje. Sem você, eu não teria ido viver com tia Maggie e não teria aprendido o que sei hoje.

A voz de Alicia falhou e ela respirou profundamente. Aplausos gratificantes ecoaram pela galeria.

— Então, a minha família, muito obrigada por confiarem na minha capacidade de encarar a vida, mesmo quando eu não enxergava essa capacidade em mim mesma. — com um sorriso maior do que quando havia começado a falar, Cici agora encarava a todos que estavam ali para vê-la — Com isso, senhoras e senhores, sejam bem-vindos à exposição de artes Cubo de Açúcar, espero que essas telas adocem suas perspectivas sobre a vida. 

E esse foi o conto! O que acharam?

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E esse foi o conto! O que acharam?

Aqui deixo duas confissões: a primeira é que até pensei se postaria ou não um epílogo, mas me convenci de que Cici merecia mais do que um final, merecia a ideia de que sua vida continuaria. A segunda é a de que quase chorei escrevendo o final do capítulo cinco, o que é um pouco raro, mas acho que percebi que estava me despedindo dos personagens que tanto me ajudaram nas últimas semanas.

Enquanto Alicia mudava e ouvia os conselhos de sua família, eu mudei também. E espero, do fundo do coração, que esse conto tenha tido algum impacto positivo no seu dia como teve para mim.

Muito obrigada por ter lido! Lembrem-se de tomar chá quando as coias parecerem pesadas demais. Nos vemos por aí 💕

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