Eu nunca tinha visto alguém morrendo, muito menos por dentro... Mas acho que é exatamente o que aconteceu com Bakugo.
Eu via alguma esperança em seus olhos quando ele entrou na sala mas essa esperança se apagou totalmente no momento em que viu Kirishima algemado e de cabeça baixa
— Kirishima!
Ele gritou, fazendo o ruivo levantar os olhos pra ele.
— Jovem Bakugou, por favor, espere lá fora!
All Might ia ficar de pé quando meu tio segura seu pulso e o faz sentar novamente na cadeira em que estava antes
— Kirishima! — o peito de Bakugou subia e descia rapidamente — Me diz alguma coisa! Qualquer coisa que você falar eu acredito! Só diz!
O loiro bate a palma da mão com força na parede, eu tinha certeza que ele queria muito que Kirishima afirmasse ser inocente.
— Cara... — O ruivo realmente parecia culpado, ele pareceu culpado quando o prendemos e confrontamos — Me desculpa, sério.
Kirishima balançou a cabeça e voltou a olhar para o chão, quando olhei pro loiro ele estava definitivamente tentando não chorar.
— Seu merda! — Bakugo foi andando até o melhor amigo e segurou seus cabelos, forçando que ele o olhasse — O que você fez não foi coisa de homem
Com apenas um impacto forte no peito de Kirishima, Bakugou virou de costas e deixou o quarto nos deixando em silêncio por um tempo. Depois de tudo, Kirishima foi preso e nos voltamos às aulas normais...
Não eram bem normais, já não tínhamos mais duas pessoas na sala já que Bakugou não aparecia na escola faziam dois dias.
— O Kacchan não veio de novo...
Midoryia Murmurou preocupado, ele queria ter ido visitar o Katsuki no primeiro dia mas estamos proibidos de deixar o campus... Já é o terceiro dia que não vemos ele.
— Eu não acho que ele vai voltar tão cedo, o Kirishima era o melhor amigo dele.
Uraraka disse com um olhar perdido, ela ficou meio paranoica desde que o Kirishima foi preso.
As aulas nunca passaram tão lentamente de maneira tão chata, ninguém tinha ânimo no treino e todos os meus movimentos pareciam mais fracos... Parece que o senso de competição do Kacchan e animação do Kirishima fazem falta de verdade.
Uma parcela do pessoal parecia meio avulsa nesses últimos dias... Era o "Bakusquad" eles estavam especialmente tristes.
Eu fiquei inconformada e na noite do terceiro dia bati no quarto de Midoryia.
— Brócolis, me fala aí... Qual é o endereço do Bakugo?
Perguntei e vi ele coçar os olhos
— O endereço do Kacchan? — ele tombou a cabeça para o lado — Vai visitar ele!? Eu vou junto!
O garoto já se endireitou
— Não, sua mula — Disse tentando ser paciente — você conhece o Katsuki melhor que eu, já deveria saber que ele é orgulhoso... A gente só vai deixar ele bravo se aparecer de monte!
Cruzei meus braços e, mediante a ameaças, Midoryia me deu o endereço do Kacchan. Eu não vou de noite por agora ser hora do soninho, mato aula amanhã e vejo como ele tá.
Foi o que eu fiz, escapuli da UA e fui na casa do Bakugou, no caminho passei em um restaurante e comprei algumas comidas picantes que eu sei que ele gosta. era uma casa bem bonitinha... Tudo aqui é mais espaçoso do que o apartamento que eu vivia em NY.
— Bom dia, Senhora!
Falei assim que ela abriu a porta... Cara... Essa mulher é o filho com peito!
— Quem é você?
Ela perguntou áspera porém sorrindo, uma nova versão da grosseria do Kacchan.
— Eu sou uma amiga do seu filho, preciso muito falar com ele!
Meus olhos já transpareciam isso, eu me sentia agoniada em saber que alguém como o Katsuki estava se afundando na tristeza por alguém que se vendeu por lado mal!
— Qual seu nome?
Ela realmente não é muito gentil...
— Meu nome é Kitty Brown, Senhora Mitsuki — Respirei fundo — Eu preciso falar com o Kacchan!
Quando eu disse meu nome ela levantou as sobrancelhas... Parece que ele havia falado de mim em alguma hora!
— Boa sorte, ele não abre a porta pra ninguém a dias.
Ela falou me deixando entrar, ela parecia muito cansada.
— Não tem problema, eu vou ajudar ele!
Ela me levou até a porta onde eu bati, como resposta só obtive uma explosão e um grito de "Vá embora!", não me amedrontei e toquei na porta e fiz com que a tranca se abrisse, como era um tipo de tecnologia mais antiga doía pra caramba pra controlar mas como é algo pequeno só doeu meu dedo.
— Bakugou... — Falei baixinho olhando em volta, estava tudo uma zona com roupas jogadas pra todos os lados, porém sem a marca de nenhuma explosão, exceto por um porta retrato que foi carbonizado — Tô entrando.
Ele não levantou o rosto do travesseiro, nem sei se ele reconheceu a minha voz.
— além de tudo você arromba portas?
O tom dele tentava ser o mesmo de sempre mas era apenas frágil.
— Elas me deixam entrar se eu pedir com jeitinho
Suspiro e me sento na beira da cama dele.
— Ele explicou alguma coisa?
O loirinho perguntou se sentando na cama mas sem me olhar, ele parecia com vergonha. Eu toquei em suas costas fortes e acaricio levemente... Ele podia confiar em mim.
— Você pode perguntar pra ele depois se quiser
Eu Sussurro, o quarto estava silêncioso então ele com certeza me ouviu.
— Eu nunca mais quero falar com aquele merda na minha vida!
Bakugo finalmente se virou pra mim revelando seu rosto frágil.
— Tá bom — Suspiro e pego a mão dele, era um pouco grande e bruta pra comparar com a minha que é tão delicada e meio pequena — eu te explico o que ele disse então...
Suspiro e conto sobre o fato de Kirishima ter entrado na UA já em conluio com os vilões e que estava com eles por ter recebido aprimoramentos genéticos pra ter uma individualidade mais forte e que atualmente ele tentava escapar dos vilões mas estes meio que o haviam feito de refém...
Enquanto eu explicava o loirinho acabou chorando na minha frente, ele parecia frustrado com isso mas aparentemente todo seu orgulho estava quebrado e o ego muito mais do que ferido. Ao fim do meu relatório, Katsuki estava literalmente sentado no meu colo me abraçando, sua cabeça encaixada em meu pescoço, ele acabou encharcado o meu ombro... Essa cena acabou comigo enquanto eu acariciava seus cabelos que não estavam tão macios como sempre.
— Por... Por... Qual razão tá fazendo isso por mim?
Ele sussurrou no meu ouvido com a voz bem fraca e ainda mais rouca.
— Eu não posso ter o meu rival tão desanimado assim — digo sorrindo enquanto acaricio seus cabelos — rivais motivam uns aos outros né?
O dia era bem triste pra mim por uma razão bem chata... No dia de hoje faziam exatos dois anos da morte do meu pai e dois anos da prisão da minha mãe, só que eu esqueci de tudo isso pra ajudar um amigo.
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𝗦𝗨𝗔 𝗜𝗥𝗥𝗜𝗧𝗔𝗡𝗧𝗘 💥Katsuki Bakugou💥
ФанфикшнNo segundo ano na UA, Bakugou encontra uma intercâmbista que está afim de virar sua vida de ponta cabeça.
