Eu não fui visitar o Bakugou nesses dias por estar muito focada em ajudá-lo de outra maneira, de manhã eu lia sobre aparelhos auditivos e tratamentos para a audição, já a tarde ela estudava com Deku e os outros a linguagem de sinais para poder se comunicar com Kacchan enquanto não conseguissem uma solução.O meu maior problema é que quando eu vi o meu loirinho, sim ele é meu e ninguém tasca, tão destruído eu quase chorei de tristeza e logo depois de felicidade ao ver ele sorrir vendo as pessoas preocupadas com ele.
Nós jogamos vários jogos e foi uma das coisas mais divertidas que já fizemos.
Eu tinha combinado com o pessoal pra que eles fossem embora mais cedo pra eu tentar ajudar o Katsuki... E eu também tinha que pedir uma coisinha pra ele.
— Kacchan, senta no sofá
Eu fiz os sinais com medo de estar fazendo errado, mas quando ele se senta no sofá eu fiquei feliz por ter feito certo. Me sento ao lado dele e tiro algumas peças da minha bolsa e começo a testar umas coisas. A mão de foi pra minha coxa que ele apertou com um pouco de força ao receber um choque no crânio.
— Kitty.
Ele rosna meu nome, ele só percebe onde está quando o loiro olha em meus olhos e os vê cheios de lágrimas pois o aperto era muito doloroso pra mim já que os meus receptores são muito sensíveis
— Você tá conseguindo me ouvir?
Pergunto secando meu rosto com os antebraços.
— C-consigo
Ele diz baixinho com a voz rouca, ele parecia bem feliz com isso.
— Não vai funcionar muito tempo, então aproveita pra ouvir o som da música doce voz.
Falo brincando e acaricio seu rostinho que continuava lisinho... Ele ainda tinha o cheiro doce da nitroglicerina... Espera aí... Tem?
Não ia funcionar por muito tempo pois os estímulos elétricos por um tempo muito longo poderia causar mais danos ainda aos tímpanos dele.— Quer me pedir alguma coisa, pede logo.
Ele disse focando seus olhos vermelhos em meus olhos azuis.
— Eu quero pedir pra você me treinar, treino em combate físico
Digo com os punhos fechados e um sorriso nos lábios.
— Você não aguenta um aperto, imagina um soco
Ele diz seriamente, parecia preocupado comigo
— É por isso que eu quero treinar, seu imbecil. Com tudo que tá rolando, eu quero estar mais preparada do que nunca!
Cruzo meus braços e vejo ele sorrir em seguida.
— Aparece aqui em casa amanhã e a gente treina.
O loiro segura meu queixo e beija minha testa, Sorrio e abraço ele. No momento seguinte os pais dele estão de volta... Eles são especializados em chegar bem quando estamos juntos
— Querida, você está aqui de novo?
Todos já foram?Ela perguntou sorrindo pra mim enquanto tirava seus sapatos.
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Pera aí, querida? Eu temporariamente não tô surdo não! Desde quando essa velha é tão legal com alguém? Essa peste faz feitiço, isso sim.
Eu fiquei feliz pra caramba e até mais animado mesmo depois da Kitty ter desligado o aparelho, no momento que beijei a testa dela me controlei pra não a beijar de verdade... Mas ainda não é o momento, mesmo que agora eu nunca mais vá me tornar um herói ( É uma merda admitir isso e eu ainda não aceitei!!!) quero fazer tudo entre nós especial de algum jeito.
Quando ela foi embora eu me senti sozinho de novo sem aquela irritante boba do meu lado, principalmente depois do tempo todo que eu fiquei achando que tinha perdido ela depois de ter perdido meu dom e minha audição... Vou fazer de tudo pra não perdê-la... Mesmo que pra isso eu tenha que demonstrar, eca, sentimentos sinceros.
Fui para o meu quarto e lá deitei olhando pro teto, queria pensar num jeito de ensinar combate pra ela sem a machucar, mesmo sabendo que isso era tipo impossível... A garota é feita de papel!
Estava tão obsorto mexendo os braços enquanto estava deitado pensando sobre como ia ajudar a bendita da garota que nem percebi quando minha mãe entrou no quarto.
— O que tá fazendo aqui?
Pergunto rouco, tô surdo e não mudo... E ainda sei ler lábios, mesmo que seja um pouco difícil quando alguém fala muito rápido.
Ela formou lentamente as palavras "você está bem?" eu suspirei e fui para o lado da parede na minha cama.
— Não... Um pouco melhor é claro, mas não.
Depois que perdi meus dons estou razoávelmente mais calmo o que é estranho pra todo mundo.
Ela não disse nada, foi até a cama e me abraçou. Sentir o aconchego dos braços da minha mãe me dava paz, ela mudou muito nos últimos tempos e não tem exigido tanto de mim como fez no passado, mesmo que eu ainda esteja me culpando por não ser o melhor como ela sempre exigiu... Eu queria orgulhar ela, mas... Não tenho ideia do que mudou aquele dia no hospital, ela se tornou uma mãe mais... Legal.
— Me perdoa por não ser tudo que você sonhou.
Sussurro abraçando ela e afundando meu rosto em seu ombro. Fechei meus olhos e acabei pegando no sono com ela mexendo em meu cabelo.
No dia seguinte eu tinha um motivo pra levantar da cama, o mundo era esquisito sem um ruído sequer mas eu veria a Kitty mais tarde então eu fiquei o dia na expectativa.
Depois do almoço ela apareceu usando uma roupa de academia preta... Ela não usa outra cor né? Só quando é pra roubar as minhas camisas.
Expliquei algumas coisas pra ela falando mesmo, era bizarro não ouvir minha própria voz, as vezes eu estava gritando sem perceber ou falando muito baixo.
Depois disso eu tentei ser delicado... Até tomar um soco na cara, ela sabia ter a mãozinha pesada quando queria.
— Eu disse que eu não tava aqui pra brincar, Kacchan
Vi os lábios dela formarem essas palavras, ela realmente tinha falado isso mas... Eu peguei leve.
— Você te morta agora, Teddy Bear
Sorrio sádico, o combinado era ela não usar a individualidade... De resto tá liberado... Eu não vou pegar leve
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𝗦𝗨𝗔 𝗜𝗥𝗥𝗜𝗧𝗔𝗡𝗧𝗘 💥Katsuki Bakugou💥
FanficNo segundo ano na UA, Bakugou encontra uma intercâmbista que está afim de virar sua vida de ponta cabeça.