Geovane
Parte 2Eu estava confuso e com raiva, eu não matei ninguém e estou sendo acusado sem nem saber. Eu fui um grande otário por ter ajudado aquela mulher, eu deveria ter desconfiado que algo estava acontecendo
Eu não matei aquele cara mas eu poderia facilmente matar aquela mulher agora mesmo, o tanto de raiva que eu estou sentindo não se mede
-Geovane- O cara entrou e se sentou a minha frente
Eu estava sentado em uma cadeira com as mãos e os pés amarrados, uma sala grande e vazia, um cheiro horrível de esgoto e eu podia jurar que um rato passou entre minhas pernas
A luz se acendeu ardendo meus olhos depois de horas na escuridão, aquele homem entrou acompanhado de mais dois homens que pararam na porta
Ele andou em minha direção e puxou uma cadeira se sentando a minha frente, ele abriu uma pasta e riu
-Você e sua família tem um histórico longo né- Ele cruzou as pernas me encarando
Geovane- Eu não matei ninguem- O encaro- Armaram pra mim
-Claro! Claro- Ele riu- É o que todos dizem, você só diz inocente porque foi pego
Geovane- Eu não fiz nada- Digo com o maxilar travado- Vai se fuder
-Suas palavras de baixo calão não me atinge Sr.Geovane- Ele me encarou seriamente- Sabe o que vão fazer com você? Vão te dar uma surra que você mal vai conseguir respirar, e quando achar que acabou eles vão te torturar tanto que a morte vai ser pouco para você
Ele foi dizendo enquanto se aproximava, dava para notar o ódio em suas palavras
-Você vai implorar para a merda da sua vida acabar, vou garantir que eles cortem cada pedaçinho seu e dê para os porcos comerem. É isso que você merece
Geovane- Você está gravando essa parte também ou as ameaças não conta no tribunal?- O encaro- Isso não vai acontecer porque eu não fiz nada
-Isso é o que vamos ver- Ele se sentou denovo- Achamos a arma com suas digitais, uma porção de dinheiro que provávelmente te pagaram para fazer o serviço e todas as armas que usou para esquarteja-lo. Sem contar as filmagens das câmeras com você carregando o saco
Geovane- Isso foi um engano, eu não fiz essa merda- Eu estava ficando cada vez mais nervoso- Caralho, vocês sabem que foi ela que fez isso
- Não sabemos de nada senhor, não sabemos- Ele riu balançando a cabeça- Se você admitir talvez o jure diminua sua sentença
Geovane- Vai tomar no meio do seu cu- Digo pausadamente- Vocês armaram essa porra pra cima de mim
-Não sabemos do que está falando- Ele fez uma expressão confusa e de levantou-A garoto, se continuar tirando conclusões precipitadas assim vai acabar se enforcando mais
Ele se lavantou e jogou no chão as fotos do corpo e fotos minha carregando o saco. Que ódio que eu estava
Virei o rosto para não olhar e as luzes se apagaram ficando tudo uma escuridão agoniante
Eu só queria entender por que eu, o que eu fiz para merecer isso?
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Alguns dias se passaram e eu continuava ali, eu tinha que fazer minhas necessidades em um potinho e na maioria das vezes eles jogavam minha comida que acabava caindo no chão e eu não conseguia comer
Eles não me deixavam sair e muito menos ver minha família, já perdi a conta de quantos homens já entraram aqui e me deram uma surra. Eu podia jurar que alguma costela minha estava quebrada, estava suando de tanta dor